Há muita coisa envolvida: rapidez de rede, componentes, baterias, antenas e processadores. Estes, e outros, são essenciais para que a rede 5G funcione em pleno em qualquer smartphone, algo que, de acordo com especialistas, ainda não faz parte da maior parte dos telemóveis – nem tão pouco daqueles que estão para ser lançados.
A rede 5G ainda não é uma realidade
Casos como o da LG, que já anunciou o lançamento do seu primeiro telemóvel 5G, devem ser analisados quando temos em conta esta velocidade de rede. É verdade que estamos próximos dessa realidade, que oferece uma velocidade que, até hoje, nunca foi experienciada.
No entanto, nem tudo o que parece é, e de facto as fabricantes de smartphones apostam em grandes esforços de marketing para venderem os seus produtos. Este é visto como mais um aos olhos de vários especialistas, que afirmam serem necessários novos e renovados componentes para que a rede 5G possa funcionar.
Casos como aqueles que acontecem, por exemplo, nos Estados Unidos da América, servem unicamente para iludir o consumidor. A AT&T, conhecida operadora de telemóveis americana, decidiu renomear os seus smartphones 4G mais recentes sob a designação “5G E”, quando estes não estão preparados para utilizar uma rede do género.
O que é o 5G?
Em termos práticos, uma rede 5G é muito mais rápida do que uma 3G ou 4G (daí a utilização de números). Mas há mais para além da velocidade, nomeadamente em termos de cobertura. Se já esteve numa situação semelhante, sabe que é muito complicado utilizar os dados móveis em espaços onde estejam presentes muitas pessoas.
Estádios de futebol, recintos fechados onde esteja a haver um concerto, entre outros contextos, são apenas alguns exemplos onde a velocidade de rede (4G) é extremamente lenta ou, até, inexistente. Mas há mais, até porque o objetivo da 5G é poder ser ligada em pisos subterrâneos e espaços fechados, separados de paredes com muita espessura.
A velocidade de navegação e utilização de dispositivos que suportem esta rede será, naturalmente, maior. A verdade é que essa rapidez ainda não consta dos smartphones que conhecemos, nem tão pouco dos mais recentes. De facto, a Qualcomm, principal fabricante de processadores, só recentemente anunciou já ter modems preparados para receber a rede 5G – não tendo, ainda, equipado qualquer aparelho.
Por que é que o 5G não é uma realidade em 2019
É tecnicamente impossível que os telemóveis lançados em 2019 suportem rede 5G, isto porque não vêm equipados com componentes que tornem a conexão possível, ainda que existam rumores que reconheçam a possibilidade do iPhone 11 ser o primeiro equipamento e usar 5G. E o porquê disto acontecer? Porque a mesma informação considera a hipótese da Apple estar a desenvolver uma antena específica para suportar a nova geração de rede.
À exceção desse caso, a verdade é que mais nenhum equipamento tem, ainda, a capacidade de estabelecer uma ligação dessas. A rede 5G implica a incorporação de novas antenas e modems cuja velocidade seja suficientemente rápida para efetuar esse género de ligação.
Atualmente, nenhum smartphone tem componentes tão desenvolvidos quanto isso, pelo que anunciar que suportam 5G não passa de um golpe de marketing. Se, de facto, possibilitassem essa velocidade de rede, teriam de ser muito maiores (em tamanho e espessura) do que são – tendo em conta os componentes que atualmente existem.
Se a rede 4G, por si só, já exige muito da bateria de um telemóvel, entre outros componentes, é tecnicamente impossível que os aparelhos existentes funcionem com uma velocidade ainda maior. No entanto, há a possibilidade do Samsung Galaxy S10 5G inclua essa possibilidade, pelo que resta esperar pelo lançamento oficial.
As possibilidades desta rede
Depois de lançada e devidamente testada, a rede 5G pode abrir portas a mundos que nunca se conheceram. Mais do que uma obrigatoriedade, esta nova geração será uma possibilidade que os utilizadores podem ativar sempre que quiserem.
Isto acontece porque há aplicações e serviços que exigem uma velocidade mais rápida que a atual e, outras, nem tanto, pelo que a rede 4G não será totalmente eliminada durante o processo. E é essa mesma possibilidade que vai introduzir novas realidades.
Aplicações em tempo real, como a realidade virtual móvel e a realidade aumentada, só podem ser possíveis com uma rede de velocidade 5G. O mesmo se aplica a carros que se conduzem sozinhos, sem intervenção humana. Estes e outros cenários só serão possíveis quando cada equipamento estiver devidamente equipado para o efeito.
Não há data prevista, mas a nova geração de rede só deverá chegar em 2020 ou 2021 e, na verdade, não terá a maior das utilidades para aqueles que não precisam de utilizar o telemóvel nos contextos descritos. Uma velocidade deste género significa um aumento (significativo) do preço dos aparelhos móveis.
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