Impossível? Talvez não. Vamos ver alguns métodos e avalie se há algum que se adapta à sua situação. Em primeiro lugar, precisa ter algum rendimento disponível. Se está desempregado ou tem muitas despesas de saúde ou outras, talvez seja quase impossível atingir este objetivo. Mas mesmo assim, pode baixar esse alvo até onde lhe for confortável. Não pense já que não dá.
Faço-lhe aqui um resumo de alguns métodos de poupança para que possa escolher e até adaptar.
7 métodos de poupança para este ano
Método das 52 semanas
O ano tem 52 semanas. Pega num mealheiro, caixa ou envelope e a cada semana aumenta 1 euro. Na primeira semana de janeiro coloca 1 euro, na segunda semana 2 euros, na terceira 3 euros e assim sucessivamente. Claro que a partir de junho ou julho começa a ser cada vez mais difícil. Há quem comece ao contrário – 52 euros na primeira semana, 51 na segunda (aproveitando o dinheiro que sobrou do subsídio de Natal – se sobrou algum). Também há quem imprima numa folha de papel todos os valores de cada semana do ano e depois vá colocando uma cruz no valor que conseguiu poupar naquela semana. Na semana em que sobra mais dinheiro ou recebe um valor extra coloca um valor mais alto, numa semana mais complicada, coloca um valor mais baixo. É uma espécie de BINGO.
Se fizer isto vai chegar ao fim deste ano com 1.378€.
Método da semana “1 a 7”
Na segunda-feira, coloca 1 euro no mealheiro, na terça 2 euros, na quarta 3 euros e assim sucessivamente até domingo (em que coloca 7 euros). Dá um total por semana de 28 euros. O esforço é sempre igual ao longo do ano e chega a dezembro com 1.456€.
Método das moedas de 1 ou 2 euros
Arranje um recipiente onde ao fim do dia, quando chega a casa, coloca todas as moedas de 1 ou 2 euros (ou ambas) que tiver na carteira. É um método antigo e demasiado arbitrário para o meu gosto, mas pode ter uma agradável surpresa ao fim do ano ou antes das férias.
Método 1€ por dia
Tal como o nome indica, ao reservar 1€ por dia, vai chegar a dezembro com 365 euros para gastar/poupar no que quiser. Para muitos é uma pequena fortuna e pode representar uma grande felicidade para si ou para alguém de quem gosta.
Método automático
Dê uma ordem ao seu banco para transferir – assim que recebe o seu ordenado – um determinado valor que considere razoável para uma outra conta em que não vá mexer. Assim não tem a desculpa do “esquecimento” e provavelmente nem vai dar pela falta desse dinheiro se o tirar logo no princípio do mês. Se esperar pelo fim, esqueça. Já lá não vai estar…
Se transferir, por exemplo, 25€ por mês, vai ter em dezembro 300€ nessa conta. Se optar por 50€ por mês é, logicamente, o dobro: 600€. Os especialistas sugerem sempre que retire 10% do seu ordenado. Avalie se é realista.
Método 10€ por semana
Colocar uma nota de 10 euros de lado todas as semanas num envelope (reserve um dia para isso) vai permitir-lhe chegar a dezembro com 520 euros.
Método “X”
Como já percebeu, os métodos são infindáveis e é só pegar em qualquer um destes e dividir o valor por dois, três ou quatro e vai ver que é possível colocar algum dinheiro de lado ao longo de 2018 mesmo que tenha poucas possibilidades financeiras. Ou esqueça todas estas ideias e crie o seu próprio método.
O importante é ter um objetivo (vou poupar para quê?): uma prenda a si próprio; uma prenda para alguém de quem gosta; um pequeno luxo; uma necessidade; criar um fundo de emergência; um fim de semana fora de casa; etc. Ter um objetivo é motivador e vai dar-lhe a força necessária para não desistir quando surgir uma despesa inesperada.
O outro fator muito importante é a regularidade. É para fazer exatamente como planeou. Coloque alarmes no telemóvel se for preciso. Escreva numa folha de papel os valores semanais ou mensais planeados e faça uma cruz ou um sinal de “certo” quando cumprir semanalmente com o seu objectivo. Ver o que já fez e o que falta vai ajudá-lo a chegar ao fim do seu “desafio”.
Muitos destes métodos já são antigos e alguns foram inventados/sugeridos por espectadores que me contactaram. Alguns conseguiram fazer isto em 2016 e ficaram muito contentes com o resultado. Outros tentaram, mas por um motivo ou outro tiveram de desistir. As poupanças servem mesmo para isso, para serem usadas se for preciso.
Talvez esteja a perguntar: “Mas porque é que eu vou fazer isto? Vale a pena o esforço?”
Só saberá se o fizer.
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