Estudar no estrangeiro é um objetivo para muitos jovens, mas será que sabem efetivamente quais são as vantagens e desvantagens desta opção?
Seja por quererem alargar os seus conhecimentos, porque se pretendem enriquecer a nível pessoal e/ou profissional ou porque procuram uma nova experiência, os motivos podem ser vários e distintos.
Independentemente de tudo isto, optar por estudar no estrangeiro nunca é uma decisão fácil. Para além de ter associados desafios e desvantagens que podem dificultar os estudantes de concretizarem os seus sonhos, pode ser também bastante dispendioso.
No entanto, as vantagens para o fazer podem sobrepor-se a todas estas questões. E, por isso mesmo, o melhor a fazer é ponderar cada um dos aspetos antes de tomar uma decisão.
Estudar no estrangeiro: o que deve saber
Se está a refletir sobre as vantagens e desvantagens de estudar no estrangeiro e sobre as opões que existem, saiba que são várias.
De facto, o que não faltam são possibilidades de educação e formação no estrangeiro. Desde estágios de curta duração (de 3 a 10 meses), cursos de línguas, ensino secundário ou licenciaturas, pós-graduações, mestrados, doutoramentos até MBA’s (na íntegra).
A escolha é sua. No entanto, ainda que todos os que optem por estudar no estrangeiro não hesitem em ressalvar as vantagens da experiência (como o enriquecimento pessoal ou a aprendizagem de novas línguas, por exemplo), há que analisar os prós e contras da opção.
Estudar no estrangeiro assemelha-se a emigrar e, como tal, há vários cuidados a ter antes de partir. Assim, pode começar por conhecer as vantagens e desvantagens (sim, também há algumas) desta decisão.
Vantagens de estudar no estrangeiro
Quer saber quais são as vantagens de estudar no estrangeiro? São várias: tome nota:
- Contacto com uma nova cultura;
- Enriquecimento pessoal;
- Troca/ partilha de conhecimentos;
- Aprendizagem ou aperfeiçoamento de outras línguas;
- Contacto com sistemas educativos distintos;
- Valorização académica e profissional (funciona como uma mais-valia para o Curriculum Vitae e carreira profissional);
- Adquirição de um mind-set global;
- Aquisição de experiência internacional (que pode funcionar como um elemento diferencial em processos de recrutamento futuros);
- Aumento da rede de contactos;
- Possibilidade de frequentar alguns dos mais conceituados estabelecimentos de ensino;
- Acesso a oportunidades de trabalho internacionais com maior facilidade;
- Desenvolvimento da independência e sentido de responsabilidade;
- Possibilidade de viajar e conhecer novas pessoas.
As desvantagens de estudar no estrangeiro
Para ser bem-sucedido nesta aventura nada melhor que estar preparado para o melhor e para o pior. Por isso, “antes de se pôr a caminho” analise as vantagens e desvantagens de estudar no estrangeiro, para perceber se terá ou não perfil para aguentar esta aventura.
Sobretudo se optar por ir sozinho, há que ter em consideração algumas desvantagens:
- Distância dos amigos e família;
- Necessidade de adaptação a novas culturas, língua e rotina diferentes;
- Possíveis dificuldades de comunicação (principalmente numa primeira fase);
- Custos associados elevados (como habitação, alimentação, propinas ou viagens);
- Dificuldade em integrar-se e habituar-se a um modelo de ensino distinto;
- No caso de as aulas serem dadas na língua nativa do país que não domina, este poderá ser um problema.
Apoios para diminuir os custos
Se uma das suas maiores preocupações de estudar no estrangeiro são os custos elevados que estão associados, temos boas notícias: existem alguns apoios.
Para os estudantes universitários que pretendam fazer o programa Erasmus, podem candidatar-se a uma bola Erasmus+. Esta bolsa irá contribuir para as despesas da estadia e viagem.
Contudo, o valor não é fixo. E por isso mesmo, varia em função do custo de vida entre Portugal e o país de destino, bem como do número de candidatos, da eventual existência de outras bolsas e ainda da distância entre os países.
Relativamente aos alunos do ensino secundário que desejem estudar no estrangeiro, também existem apoios – como a possibilidade de realizarem uma experiência de intercâmbio com o Programa AFS – Estudar no Estrangeiro.
Através deste programa, os estudantes irão viver 1 ano ou 1 trimestre noutro país com uma família de acolhimento voluntária. Além disto, irão frequentar a escola secundária local, ajudar nas tarefas domésticas e envolver-se com a comunidade local.
Países como a Dinamarca, Polónia, Estados Unidos e Japão são apenas alguns dos exemplos onde é possível fazer o intercâmbio.
Há bolsas para quem pretender fazer uma carreira na investigação?
Se o seu objetivo for fazer carreira na investigação e mudar-se para o estrangeiro, saiba que também existem bolsas de investigação que o vão ajudar a reduzir os custos de ir para fora, atingindo os seus objetivos.
Referimos alguns exemplos de plataformas onde pode obter mais informação sobre as bolsas de investigação disponíveis:
- EUROAXESS;
- EUROAXESS Portugal;
- Fundação Calouste Gulbenkian;
- Plataforma 9;
- Fundação Luso-Americana (FLAD);
- Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Como sabemos, estudar no estrangeiro pode significar um autêntico desafio para quem está fora. Contudo, há que refletir sobre o enriquecimento pessoal, a capacidade de adaptação a novas culturas ou o contacto com novas pessoas com métodos de trabalho distintos.
Afinal, todas estes fatores são ferramentas essenciais para que consigamos desenvolver o nosso sentido crítico, assim como a capacidade de resiliência. E mais importante do que isto é conseguirmos sair da nossa zona de conforto e perdermos o medo de arriscar na vida.