Os estudos dizem que o recrutador gasta entre 6 a 10 segundos a olhar para um currículo. Pouco tempo para convencer quem está do outro lado das suas capacidades. O primeiro impacto tem de ser forte. Originalidade, relevância e personalização são essenciais para se destacar da concorrência. E se utilizar alguns truques para evitar clichés no CV, tem uma estratégia vencedora.
Se quer impressionar não pode limitar-se a repetir aquilo que a grande maioria dos profissionais escreve. ‘Sou muito comunicativo’, ‘trabalho bem em equipa’, ‘fui responsável por’. Ainda que seja tudo verdade, são frases muito ouvidas e lidas. Sejamos sinceros, não dizem nada de especial e não acrescentam valor às suas competências. É apenas mais um entre tantos.
Coloque-se no lugar de quem recruta. Ler todos os dias a mesma informação não é muito agradável. Marque a diferença. Como? Quando falar das suas qualidades associe-as a situações e experiências profissionais, por exemplo.
5 dicas para evitar clichés no CV
Depois é só reler o seu e fazer as correcções necessárias.
Esqueça os adjetivos ‘floreados’
‘Gestor experiente’. Vamos ser honestos. Esta expressão não diz nada acerca da sua capacidade se for utilizada assim, isolada. Como é que o recrutador pode confirmar esse elevado grau de experiência sem dados que o suportem? Ilustre a sua competência com conquistas profissionais, anos de trabalho, projectos orientados.
Não seja mais um ‘criativo’ no papel
Entre 2012 e 2014, ‘criativo’ foi a palavra mais utilizada nos perfis dos utilizadores do LinkedIn. Tanto uso retirou credibilidade à sua presença nos currículos. Mais do que mencionar, importa demonstrar que de facto possui a qualidade. Como? Elabore uma carta de apresentação ou até mesmo um CV inovador. Use e abuse da sua imaginação.
Remova o ‘orientado para os resultados’
Esta expressão não diz nada. É um facto que todas as empresas querem colaboradores que cumpram objectivos e gerem resultados. Não tenha ilusões! A verdade é que a sua prioridade deve ser provar ao recrutador que o faz na prática. Ponha em evidência, os seus projectos e as suas experiências profissionais onde isso aconteceu. Dê ênfase aos bons resultados alcançados.
‘Experiente’ e/ou ‘especialista’ em quê?
Um dos clichés a evitar nos CV a todo o custo. Não há currículo onde não se leia uma ou até ambas. Ninguém sabe tudo sobre um assunto, por isso deve especificar onde e como obteve essas ‘skills’ particulares. O mesmo vale para a experiência: quanto tempo, como e onde adquiriu, quais os resultados finais. Mais uma vez, recorra a exemplos concretos para atestar essas aptidões.
Risque ‘boa capacidade de comunicação’
Estamos a falar de uma competência transversal a todos os sectores do mercado laboral. Independentemente da área ou do emprego, todos os profissionais têm de saber expressar-se correctamente, oralmente e por escrito. É um pré-requisito base para qualquer candidato a qualquer vaga e, consequentemente, dispensável a sua referência.
Veja também: