Share the post "Dicas para evitar o desperdício alimentar e (com isso) poupar dinheiro"
Seja pela nossa saúde, seja pela sustentabilidade ambiental, as nossas escolhas alimentares são fundamentais. E as decisões acertadas devem começar logo no momento das compras.
Para evitar o desperdício alimentar é importante fazer uma lista de compras com os produtos que, realmente, necessita, ter presente a validade dos alimentos, a sua origem, a forma como os acondicionamos em casa e, por último, tentar usar toda a comida que temos em nossa casa, incluindo a casca de alguns vegetais e de algumas frutas.
Dicas simples para evitar o desperdício alimentar
Alexandre Fernandes considera que “uma das partes comestíveis, que nós rejeitamos, por norma, são as cascas da batata. Porém, as cascas de batata são muito ricas em vitamina C e fibra. Alguém que sofra de prisão de ventre, por exemplo, pode perfeitamente utilizar sempre as cascas de batata para enriquecer a sua alimentação”.
Quanto ao método de confeção, o nutricionista sugere a versão frita, ou assada (para quem preferir pratos menos calóricos).
Outro exemplo, são as cascas de banana. Por princípio, comemos a banana e deitamos a casca fora. Mas, podemos aproveitar as cascas de banana para criar pratos diferentes e saborosos.
O nutricionista é autor de uma receita de filetes de casca de banana. E revela que a sua confeção é bastante simples, basta cortar as pontas da banana e retirar as cascas, na forma de bifes. Depois tempera-se com ervas aromáticas, uma pitada de sal e pimenta. Em seguida passa-se as cascas da banana por farinha de trigo, depois ovos batidos e, por último, pão ralado. Leva-se a fritar e já está.
Aproveitamos as propriedades da casca da banana que é rica em fibras, potássio e magnésio e, simultaneamente, até poupamos algum dinheiro.
Muitas vezes, temos a ideia de que as cascas e talos são pobres nutricionalmente, mas nem sempre isso corresponde à verdade.
O nutricionista explica que “a rama da cenoura, por exemplo, é bastante rica em ferro. E nos agriões, aproveita-se a folha do agrião para a sopa ou para a salada e eliminam-se os caules maiores. Mas, se aproveitarmos os talos do agrião, nem que seja para fazer um puré de sopa, ou um paté, estamos a enriquecer a sopa com ferro.
Se pensarmos que um molho de agriões custa um euro e só aproveitamos as folhas, estamos a desperdiçar o valor dos troços, em termos monetários e nutricionais”. Por este motivo, considera que “devia haver mais estudos relativamente aos nutrientes destas partes dos alimentos que são desperdiçadas”.
Verificar quais são os alimentos que temos em casa e utilizar sempre aqueles que estão com uma data de validade mais próxima de terminar, é outra forma de evitar que a comida vá parar ao caixote do lixo.
E quando a validade estiver a terminar, quais são as opções que temos?
“Congelar é uma boa opção, tal como o é o aproveitamento da comida excedente. Levar a marmita de casa com o almoço, por exemplo, pode ser uma forma de fazer refeições mais saudáveis e, simultaneamente, aproveitar as sobras do dia anterior. E com este tipo de refeições estamos também a poupar dinheiro”, esclarece. Outra sugestão é fazer doces ou compotas com fruta que tem uma duração curta e que não conseguimos consumir de imediato.
Comer bem sem gastar muito dinheiro
Para fazer uma alimentação saudável, sem gastar muito dinheiro, Alexandre Fernandes recomenda ainda:
- Dar sempre preferência às embalagens de tamanho familiar e, depois, em casa, procede-se à divisão dos alimentos por porções que se podem congelar ou acondicionar adequadamente;
- Substituir os refrigerantes por água ou águas aromatizadas feitas em casa. Basta usar água potável e juntar, por exemplo, cascas de limão, paus de canela, raminhos de salsa, algumas gotas de sumo de limão, ou gengibre;
Optar pelos produtos de marca branca das superfícies comerciais, porque são mais baratos do que os de marca, e nutricionalmente são iguais; - Fazer sempre com compras sem fome, “porque se a pessoa for com fome a tendência é comprar este mundo e o outro. E, para além disso, a tendência é para comprar alimentos como bolachas e chocolates”;
- Planear a ida às compras e também as refeições;
- As refeições tornam-se mais baratas quando são confecionadas para mais pessoas, porque há poupança de gás, de energia e também nos ingredientes. Por isso, quem vive sozinho pode cozinhar em maior quantidade e congelar as refeições, em unidades individuais, para depois ir descongelando à medida das necessidades;
- Ser criativo na confeção dos pratos. No seu livro “A verdadeira Dieta Low-Cost”, o nutricionista apresenta várias receitas de baixo custo e, simultaneamente, saborosas e saudáveis, como por exemplo, ovos escalfados com ervilhas.