Em Portugal, entre os dias 12 e 18 de dezembro de 2016, 305 pessoas foram detidas pela Guarda Nacional Republicana (GNR) por excesso de álcool no organismo. Nesta operação de fiscalização à condução sob o efeito de bebidas alcoólicas e de substâncias psicotrópicas foram feitos 32 mil testes de alcoolémia e, segundo a GNR, 566 condutores apresentavam uma taxa de álcool no sangue (TAS) superior à permitida por lei.
De acordo com os especialistas, só cerca de 5% do álcool consumido é eliminado através da urina, saliva e transpiração. O restante é absorvido para a corrente sanguínea e só o fígado é capaz de eliminar o álcool do corpo.
Em média, o corpo humano demora uma hora a processar e a eliminar os efeitos alcoólicos de uma única cerveja. Consoante o álcool ingerido por um indivíduo, o fígado pode levar diversas horas para conseguir metabolizar o álcool presente na corrente sanguínea.
Quais os efeitos do excesso de álcool no organismo?
Os sintomas variam mediante diversos fatores: desde a idade ao peso, passando pelo tamanho e sexo do indivíduo, as reações e efeitos são sempre distintos.
Ainda assim, existem alguns efeitos imediatos, transversais a todos aqueles que abusam das bebidas alcoólicas:
- Fala arrastada;
- Sensação de ardor no estômago e vontade de vomitar;
- Perda de memória (blackout de alguns acontecimentos enquanto estava sob o efeito do álcool);
- Falta de coordenação motora;
- Dor de cabeça;
- Visão deturpada;
- Raciocínio desconexo.
Efeito a longo prazo
O consumo de bebidas alcoólicas em excesso por longos períodos de tempo provoca danos físicos, psicológicos e sociais. O alcoolismo é uma das doenças e dependências mais graves das últimas décadas e deixa sequelas para toda a vida.
O excesso de álcool no organismo leva ao aumento da pressão, o que afeta o funcionamento do coração, dos níveis do colesterol e a problemas no fígado. Neste último caso, as lesões provocadas pelo consumo excessivo de álcool podem provocar cirroses e diversas outras complicações devido às crises de insuficiência hepática.
O alcoolismo pode provocar diversos problemas digestivos, já que a presença constante e em excesso de álcool no tubo digestivo provoca diversas patologias, sendo as mais graves as úlceras e os cancros de estômago e do esófago.
O excesso de álcool no organismo durante longos períodos provoca, ainda, graves problemas neurológicos, como é o caso da polineurite, uma inflamação dos nervos que provoca sensação de formigueiro e atrofia muscular.
O que fazer para evitar a ressaca?
Assim que é atingido o pico alcoólico, aparece a temida ressaca – por norma, na manhã seguinte à ingestão das bebidas. Para evitar as dores de cabeça e a sensação de azia é importante tomar Paracetamol e beber bastante água e sumos naturais ao longo do dia (já que o álcool desidrata o organismo).
Ainda assim, só existe uma possibilidade para evitar sempre a ressaca: beber com moderação e parar de ingerir álcool quando perceber que já atingiu o limite.
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