Não obstante o papel preponderante da China no crescimento da economia, a OCDE alerta para o perigo de o recurso acelerado a novos empréstimos poder vir a colocar em risco a estabilidade do país com a possibilidade de, nos próximos anos, virem a aumentar os créditos malparados.
Se é um facto que a retoma chinesa tem sido impulsionada, na sua génese, na aposta governamental em medidas de relançamento económico, não é menos verdade que parte da recuperação daquela nação tem sido sustentada nos empréstimos contraídos em 2009.
As conclusões são retiradas de um estudo sobre a economia chinesa, apresentado recentemente por Pier Carlo Padoan, vice-secretário da OCDE.
Valorização da taxa de câmbio
O relatório da OCDE defende ainda a valorização da moeda chinesa, a par do dólar e do euro. Tanto os Estados Unidos, como a União Europeia, consideram que a cotação do yuan está artificialmente baixa, por forma a agilizar o aumento das exportações chinesas.
De referir que entre 2005 e 2008 o yuan valorizou 20 por cento em relação ao dólar, porém pouco tem flutuado, apesar da acentuada descida da cotação da moeda norte-americana.