Share the post "Do original 205 ao elétrico e-208: a família 200 da Peugeot"
Quem não se lembra do 205 GTi, do 205 CTi ou do 205 Rally? Ou ainda do 205 XAD? Falamos de um modelo que deu origem a uma saga: 205, 206, 206 +, 207, 207+, a primeira geração do 208 e que agora continua com o novo 208. A família 200 da Peugeot é uma fórmula de sucesso e que muitos construtores ainda hoje procuram replicar.
Os primeiros modelos da “família 200” da Peugeot distinguiram-se por uma combinação de características que conquistaram várias gerações ao longo das últimas décadas. De facto, os 200 são um caso único na indústria automóvel que só tem paralelo com o Toyota Corolla e Volkswagen Golf, por exemplo.
os “200” da peugeot: uma família com muita história
Em 1982, a Peugeot era considerada uma marca com uma imagem conservadora. Tudo mudou com o lançamento do 205, um modelo que marcou uma época. Até pela extensa oferta de versões, que incluía dois GTi, o 1.6 e o potente 1.9, o descapotável CTi ou o incontornável 205 XAD, de 2 lugares.
Com mais de cinco milhões de unidades vendidas, o 205 é o segundo modelo mais vendido da Peugeot, só atrás de outro mito da “saga 200” da marca francesa, o 206, que teve mais de 8,3 milhões de unidades comercializadas. Outro modelo marcante, até pela publicidade – quem não se lembra dos famosos anúncios de televisão, o escultor indiano, por exemplo -, o 206 marcou igualmente uma época e uma geração.
A filosofia era praticamente a mesma que deu origem ao 205: um estilo único e atrativo para o público feminino e masculino (em particular o 206 GTi e 206 RC), baixo peso e motores pequenos, perfeitamente adequados à fiscalidade portuguesa, por exemplo.
207, mudança de paradigma
Depois do Peugeot 206, seguiu-se o 207, embora o legado do 206 se tenha mantido por mais alguns anos com o lançamento do 206+, que não era mais que o 206 com uma cara ligeiramente mais moderna.
Sem os resultados do 206, em grande parte por culpa das motorizações escolhidas – a versão base tinha um motor 1.4 a gasolina (75cv) enquanto o 206 arrancava com um 1.1 (60cv) -, o 207 representou um primeiro passo na subida de patamar da família 200.
Em lugar de simples, acessível e versátil, o 207 posicionou-se como um utilitário com outro patamar de qualidade, acima da média, mas também conforto e inovação e tecnologia. Até nas dimensões se aproximou mais de um familiar compacto de um utilitário.
Esteve disponível em carroçarias de 3 e 5 portas, mas também um Cabrio “CC” e até uma carrinha “SW”. A gama de motorizações arrancava com o 1.4 de 75cv e terminava nas versões GTi ou RC, dependendo dos mercados, com 175cv, enquanto os motores HDi podiam ter até 110cv (1.6 HDi).
208, o regresso da filosofia 205
Em 2012 surgiu a primeira geração 208, um modelo que pretendia recuperar a filosofia do 205. Desde logo porque era 110 kg mais leve (em média) em comparação com o 207 e contava com motores de 1.0 e 1.2 litros, portanto, mais “amigos” da fiscalidade e sobretudo mais eficientes.
Por outro lado, não dispensava a evolução tecnológica – foi o primeiro Peugeot a estrear o “i-cockpit”, com o painel de instrumentos em posição elevada e o enorme ecrã multifunções no topo da consola.
e-208 e a mudança dos tempos
Sete anos depois da primeira e quase quatro décadas depois do 205, chegou a segunda geração do 208 e uma nova adição à família 200. Como o seu ilustre antecessor dos anos 80, o novo 208 aposta no estilo atlético e dinâmico que se posiciona em linha com a filosofia do 205, assumindo-se como o modelo da Peugeot a dar o passo em frente, com a estreia de uma versão elétrica, o e-208, com 340 km de autonomia.
O e-208, que representa já 25% das encomendas do novo 208, tem um motor elétrico de 136cv (100 kW). Alojada sob os bancos de trás e da frente, a bateria de 50 kWh pesa 340 kg e ocupa 220 litros de volume. O primeiro passo da saga da família 200 da Peugeot rumo a um futuro desconhecido do automóvel.