Share the post "Faringite: saiba como combater esta inflamação da garganta"
A faringinte é uma inflamação da faringe que pode afetar qualquer pessoa, embora seja particularmente comum nas crianças. Certamente, já sentiu dor a engolir e, quando foi ao médico, ficou a saber que tinha pus na garganta.
Toda esta descrição pode ser sintomática de uma faringite, embora seja necessário ser avaliado por um médico e fazer alguns exames para confirmar o diagnóstico.
Apesar de, habitualmente, esta ser uma doença ligeira e passageira, as suas manifestações podem ser incomodativas e dificultarem a realização de tarefas básicas do quotidiano, como falar, comer ou mesmo beber água. Se se identifica com estes sintomas, fique a saber o que deve fazer.
Faringinte: tudo o que precisa de saber
Há diferentes formas e medicamentos para atenuar a dor de garganta. Contudo, é preferível averiguar qual é realmente a sua causa, pois a faringite pode ser uma delas.
Antes de mais, convém esclarecer que a faringite é uma inflamação da faringe (a parte posterior da garganta, entre as amígdalas e a laringe), geralmente provocada por um vírus. Caso evolua, pode vir a originar uma amigdalite bacteriana, bem como uma otite ou inflamação dos seios perinasais (sinusite).
No que concerne à sua origem, a faringite pode surgir associada a infeções virais, entre as quais constipação, gripe ou mononucleose, mas também pode ser resultado de uma infeção estreptocócica (pela bactéria Streptococcusou) de algumas doenças sexualmente transmissíveis, nomeadamente a gonorreia.
As infeções virais, commumente transmitidas pelo contacto das mãos com secreções nasais infetadas, geralmente explicam o surgimento desta inflamação que é mais frequente nos meses que registam temperaturas mais baixas.
Sintomas de faringite
Os sintomas de faringite, quer viral, quer bacteriana, tendem a surgir cerca de um a três dias após a inflamação, sendo os mais frequentes:
- Dificuldade e dor a engolir;
- Dor a falar e a bocejar;
- Vermelhidão na zona da garganta dorida;
- Formação de uma membrana mucosa branca ou de placas de pus, isto quando a faringite tem uma origem bacteriana;
- Febre e inflamação dos gânglios linfáticos do pescoço.
Diagnóstico
Para que uma faringite seja diagnosticada, é necessário ir ao médico e proceder a um exame. De modo a identificar a causa da faringite, poderá ser realizada uma colheita de exsudado da garganta que será depois analisada em laboratório.
Uma outra forma de se detetar se se trata de faringite é fazer a contagem dos glóbulos brancos nas análises feitas ao sangue, de modo a averiguar o bom funcionamento do sistema imunológico. A presença elevada de glóbulos brancos é um fator sugestivo de inflamação ou infeção.
Tratamento
Com o intuito de atenuar e eliminar os sintomas causados pela faringite, pode recorrer-se a analgésicos, pastilhas para a garganta e/ou gargarejos de água morna com sal.
Estima-se que somente cerca de 20% dos diagnósticos de faringite justificam o tratamento com antibiótico (caso das faringites estreptocócicas). De notar que, de resto, a toma deste não se justifica, se a origem da faringite for viral.
Prevenção da faringite
Uma vez que a faringite é contagiosa, há medidas de prevenção que ajudam a evitar o seu aparecimento. Eis algumas delas:
- Lavar, com regularidade, as mãos, nomeadamente após ir à casa de banho; antes e depois das refeições; e quando espirra ou tosse;
- Evitar partilhar alimentos, copos ou talheres;
- Procurar, ao tossir ou ao espirrar, fazê-lo para um lenço de papel que deve ser deitado ao lixo de seguida;
- Limpar regularmente, com desinfetantes, aparelhos como os telefones, comandos remotos e teclados de computador;
- Evitar o contacto demasiado próximo com outras pessoas que estejam doentes;
- Não fumar;
- Evitar a exposição a fumo, pó ou poluição;
- Evitar a frequência de ambientes secos.