E se de repente lhe dissessem que os sabonetes antibacterianos não são mais eficazes do que os sabonetes naturais? E se lhe dissessem ainda que os sabonetes antibacterianos até podem, na realidade, ser prejudiciais para a sua saúde?
Pois bem, é isso mesmo que diz a Food and Drug Administration (FDA), a entidade responsável pela segurança alimentar e dos medicamentos nos Estados Unidos da América. E foi ainda mais longe e já este mês, Setembro, proibiu a comercialização de sabonetes antissépticos ou antibacterianos no mercado americano, pelo menos aqueles que contenham pelo menos um dos 19 ingredientes que a FDA considerou perigosos para a saúde.
Entre a lista de 19 ingredientes identificada pela FDA estão o triclosano e triclocaran, associados a vários problemas de saúde, como perturbações hormonais, resistência bacteriana ou cancro do fígado, por exemplo.
Além destes, há outros ingredientes definidos como perigosos. É o caso de ingredientes como o clorofluorcarboneto, o hexaclorofeno, o hexilresorcinol, fenol (mais de 1,5% e menos de 1,5%), o cloreto de benzetónio metílico, triclosano, amida secundária tricresol, oxicloroseno de sódio, fluorosalan, tribromsalan, triclocarban, triple dye e alguns tipos de Iodóformios (cinco para sermos precisos).
A decisão da FDA é justificada pelo facto dos fabricantes não terem demonstrado a segurança e eficácia desses 19 ingredientes. Na declaração oficial emitida pela FDA, Janet Woodcock, diretora do Center for Drug Evaluation and Research (CDER, em português Centro para Avaliação e Pesquisa de Drogas) disse mesmo que “os consumidores podem pensar que as lavagens antibacterianas são mais eficazes e preventivas da disseminação dos germes, mas não há qualquer prova científica que sejam melhores do que sabonetes neutros e água”.
Fora desta proibição estão, no entanto, os sabonetes e desinfetantes hospitalares, por exemplo.
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10 Set, 2016 - 07:00
10 Set, 2016
E se lhe dissermos que os sabonetes antibacterianos não são mais eficazes do que os sabonetes normais? É isso que diz a FDA.