Apesar de incomum, a febre aftosa pode ser uma doença bastante dolorosa. De um modo geral, ela carateriza-se por lesões na pele, na boca e entre os dedos; febre alta; e dores musculares intensas. Como não tem tratamento específico, resta aliviar os seus sintomas, recorrendo sobretudo a analgésicos.
Como acomete alguns grupos etários específicos, como é o caso das crianças, a febre aftosa pode constituir um motivo de preocupação para os pais e cuidadores, já que durante o período de infeção, a criança pode ficar bastante queixosa e, inclusive, apresentar uma grande dificuldade em se alimentar convenientemente. Fique a saber um pouco mais sobre esta doença.
Febre aftosa: sintomas, tratamento e prevenção
A febre aftosa é uma doença infeciosa rara, causada pelo vírus de RNA, da família Picornaviridae, género Aphthovirus. Esta patologia é mais frequente em crianças, idosos ou pessoas com um sistema imunitário fragilizado.
Na origem desta infeção, pode estar a ingestão de leite não pasteurizado de animais contaminados, bem como o consumo da sua carne, por exemplo. O vírus também pode ser transmitido através do contacto com o próprio animal. Contudo, convém frisar que esta infeção não se transmite de pessoa para pessoa.
O contágio pode ainda ocorrer através das vias respiratórias ou, por exemplo, por meio de uma ferida que entre, de alguma forma, em contacto com o vírus.
Sintomas mais frequentes
Os sintomas da febre aftosa podem aparecer até 5 dias depois da infeção viral. As suas manifestações mais recorrentes são:
- aftas na boca;
- feridas na pele e entre os dedos;
- inflamação na boca;
- dores musculares e de cabeça;
- muita sede;
- febre elevada.
Passados 3 a 5 dias da aparição dos sintomas, é expectável que se inicie o período de recuperação, apesar da doença poder demorar cerca de 15 dias a desaparecer por completo. Contudo, há quadros mais severos, em que a infeção se pode estender a outras regiões do corpo, como a garganta e/ou os pulmões.
Diagnóstico e tratamento
Para diagnosticar a febre aftosa, é necessário proceder a um exame físico, em que um médico avalia as lesões existentes na boca. Posteriormente, é importante fazer uma análise ao sangue para detetar se há ou não presença de infeção.
Não existe tratamento específico, nem vacinas para a febre aftosa. Portanto, para tratar esta doença, o médico pode prescrever fármacos, como analgésicos – para aliviar as dores e baixar a febre – e/ou corticoides – principalmente se a inflamação se estiver a espalhar para outras zonas do corpo.
Paralelamente, é importante limpar com água e sabão as feridas existentes na pele e as aftas presentes na boca e aplicar uma pomada própria, de modo a acelerar todo o processo de cicatrização. Além disso, é essencial ingerir muitos líquidos e descansar.
Prevenção
A principal forma de prevenir a febre aftosa é evitando o contacto com animais infetados, assim como o consumo de leite não pasteurizado e de carne contaminada. Por isso, sempre que são detetados surtos de febre aftosa num determinado grupo de animais, é aconselhado o seu abate.
Deste modo, é importante adotar algumas medidas preventivas, tais como:
- vacinar os animais;
- consumir sempre leite fervido ou pasteurizado;
- proteger todas as feridas que tenhamos expostas;
- ingerir carne e produtos lácteos, sempre processados previamente;
- usar equipamentos de proteção individual, se entrarmos em contacto com animais contaminados.
Apesar de rara, é natural que, de quando em vez, ouçamos falar de um ou outro caso de febre aftosa. Mais comuns nas zonas rurais, onde o contacto com animais é mais próximo e frequente, a febre aftosa é, ainda assim, uma doença pouco comum e, felizmente, com bom prognóstico na grande maioria dos casos.
Siga os conselhos deixados de modo a prevenir esta infeção e cuide da sua saúde e da dos seus!