Ekonomista
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09 Dez, 2017 - 09:00

Febre tifoide: conheça os perigos desta doença

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A febre tifoide, doença exclusiva dos seres humanos, pode causar a morte se não for tratada a tempo. Saiba como evitá-la ao ler este artigo.

Febre tifoide: conheça os perigos desta doença

A febre tifoide é uma doença infeciosa causada por uma bactéria chamada Salmonella Typhi, que só pode afetar e surgir nos seres humanos, e ser transmitida pelos mesmos.

Após a contaminação, a bactéria invade o intestino e a partir daí espalha-se pela corrente sanguínea para diversos órgãos. Este problema de saúde pode causar a morte se não for tratado a tempo.

Transmissão da febre tifoide

A transmissão desta doença pode ocorrer através do contato direto com vómitos, urina, fezes e outras secreções pertencentes à pessoa infetada.

A febre tifoide pode também ser propagada através da ingestão de água ou alimentos contaminados com a bactéria Salmonella Typhi, caso estes tenham estado em contato com um doente.

As moscas transmitem igualmente esta bactéria, ao fazê-lo diretamente das fezes para os alimentos.

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Sintomas da febre tifoide

Os sintomas mais comuns dão sinal entre o 8º e o 14º dia após a infeção. Sensações de mal estar como perda de apetite, dores de cabeça, abdominais ou articulares, febres altas, diarreia ou prisão de ventre são alguns desses sinais.

Os sintomas menos frequentes são:

  • Tosse seca;
  • Dor ao urinar;
  • Hemorragias nasais.

Se o paciente não estiver a ser tratado, a sua temperatura corporal pode manter-se entre 39,5ºC e 40ºC durante 10 a 14 dias, e só irá voltar ao normal cerca de quatro semanas depois. Esta febre pode juntar-se a outros sintomas como:

  • Cansaço extremo;
  • Delírio;
  • Períodos de inconsciência;
  • Frequência cardíaca lenta;
  • Coma.

Caso o doente venha a ter estes sinais, significa que a infeção se encontra em estado grave:

  • Sintomas parecidos aos da pneumonia ou de uma infeção das vias urinárias;
  • Cerca de 10 por cento dos doentes tem pequenos pontos rosados no peito e no abdómen durante a segunda semana de doença, que permanecem entre 2 a 5 dias.

Quando a doença atinge um estado avançado pode também causar uma inflamação nos intestinos delgado e grosso. Este quadro clínico provoca úlceras que sangram e podem perfurar nos casos mais graves, o que coloca a vida do paciente em risco. Alguns doentes são submetidos a uma cirurgia para reparar o intestino que foi perfurado.

Há indivíduos infetados por esta bactéria que nunca chegam a manifestar sintomas de febre tifoide, mas costumam apresentar uma doença crónica da vesícula biliar.

Tratamento da febre tifoide

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Se sofrer de febre tifoide deve procurar ajuda médica para que o diagnóstico seja confirmado e possa receber o tratamento adequado. Esta doença pode causar a morte se não for tratada, devido às graves complicações de saúde que pode trazer.

O médico poderá pedir-lhe amostras de sangue, fezes e também outros líquidos ou tecidos corporais, para que sejam enviados para um laboratório que irá confirmar ou não a doença.

Em alguns casos, os pacientes são internados para recuperarem a hidratação e receberem uma administração venosa de antibióticos, que costumam ser suficientes para curar a maioria dos doentes de febre tifoide. A recuperação total pode levar semanas ou meses.

São cerca de 12 por cento os indivíduos que sofrem desta patologia e morrem devido à falta de tratamento. A maioria deles morre por estar desnutrida, ser imunodeficiente e ser muito jovem ou idosa.

Complicações da febre tifoide após o tratamento

Apesar da maioria dos doentes ficar completamente curada após a realização do tratamento, alguns podem manter estas complicações de saúde desencadeadas pela febre tifoide:

  • Infeção da vesícula biliar e do fígado;
  • Infeção muscular que pode provocar abcesso;
  • Hemorragias abdominais;
  • Pneumonia;
  • Cerca de 2 por cento dos doentes têm hemorragias graves (a perda de sangue ocorre durante a terceira semana da doença);
  • A perfuração intestinal ocorre em 1 ou 2 por cento dos doentes e causa fortes dores abdominais;
  • Infeção do sangue, o que pode por vezes levar a uma infeção dos ossos (osteomielite), da membrana que reveste o cérebro (meningite), dos rins (glomerulonefrite), das válvulas cardíacas (endocardite) ou das vias urinária ou genitais

Mesmo que tenha feito tratamento para curar a febre tifoide, o seu caso deve continuar a ser acompanhado pelo seu médico para garantir que a febre não volta e que não existem outras complicações decorrentes da mesma.

Prevenção da febre tifoide

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A melhor maneira de evitar esta doença é consumir apenas água filtrada ou fervida, e ter cuidados básicos com a higiene pessoal e no manuseamento de alimentos, como lavar sempre as mãos depois de urinar ou defecar para que os alimentos ou utensílios usados não sejam contaminados.

Existe também uma vacina contra a febre tifoide que garante uma eficácia de cerca de 70 por cento. Esta só é aplicada aos indivíduos que tenham sido expostos a esta bactéria, ou que viagem para locais de risco, entre eles os países em desenvolvimento que não têm muitas condições de higiene.

Mesmo que esteja vacinado, o indivíduo deve evitar à mesma o consumo de água ou alimentos contaminados, pois a proteção da vacina não chega a 100 por cento.

Beber água engarrafada, consumir alimentos muito quentes logo após terem sido cozinhados, enlatados que não tenham sido antes abertos e frutas que tenha sido o próprio indivíduo a descascar são algumas das soluções para não apanhar febre tifoide nos países em desenvolvimento.

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