Ekonomista
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23 Jan, 2025 - 17:30

Felicidade no trabalho em Portugal: o que realmente importa?

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Conheça os principais fatores que influenciam a felicidade no trabalho em Portugal, segundo o Barómetro da Felicidade.

A felicidade no trabalho é um tema central para a motivação e retenção de colaboradores, mas o que define um ambiente laboral feliz? O “Barómetro da Felicidade no Trabalho”, desenvolvido pela IDEA Spaces, analisou as preferências e prioridades dos trabalhadores portugueses, revelando dados importantes sobre os fatores que influenciam o bem-estar no local de trabalho.

O que é a felicidade no trabalho?

Segundo o estudo, os trabalhadores portugueses associam a felicidade no trabalho a quatro fatores principais:

  • Interesse e motivação pelo trabalho desenvolvido;
  • Bom ambiente de trabalho;
  • Reconhecimento, valorização e realização pessoal;
  • Salário competitivo.

Para muitos, sentir-se reconhecido e ter um ambiente harmonioso são tão importantes quanto a remuneração. Este equilíbrio é um reflexo das necessidades modernas dos profissionais, que procuram mais do que um simples local para trabalhar: querem um espaço onde se sintam valorizados e motivados.

Como as empresas estão a responder?

Os resultados mostram que nem todas as empresas têm conseguido acompanhar estas expectativas. Cerca de 40% dos trabalhadores afirmam que as suas empresas não oferecem qualquer iniciativa ou atividade que promova o bem-estar, como workshops, atividades desportivas ou dias de folga para cuidados pessoais. Além disso, apenas 6,7% dos trabalhadores se consideram “extremamente felizes” no trabalho, revelando um panorama com espaço para melhorias.

Por outro lado, benefícios como o subsídio de refeição (79,6%), o seguro de saúde (49,2%) e a flexibilidade de horário ou local de trabalho (44,5%) estão entre os mais oferecidos pelas empresas. Ainda assim, o estudo mostra que aspetos como bónus de desempenho (46,4%) e progressão na carreira são altamente valorizados, mas pouco satisfeitos pelas organizações.

Impacto do regime de trabalho

O regime de trabalho também desempenha um papel importante na felicidade laboral. O barómetro revelou que os trabalhadores em regime remoto têm o nível médio de felicidade mais elevado (7,1 pontos), seguidos dos que trabalham em regime híbrido (6,5 pontos). Já o regime presencial apresenta a média mais baixa (6,2 pontos), indicando uma clara preferência pela flexibilidade e autonomia.

Principais fatores de insatisfação no emprego

Entre as razões apontadas para a insatisfação no trabalho, destacam-se:

  • Baixo salário (o fator mais citado);
  • Problemas com a gestão e liderança;
  • Falta de reconhecimento e valorização;
  • Ausência de oportunidades de progressão;
  • Mau ambiente de trabalho.

A média salarial ilíquida registada no estudo foi de 1.487€, com disparidades regionais significativas. Em Lisboa e no Porto, os salários tendem a ser superiores à média, mas também é nestas regiões que se verificam os níveis mais baixos de satisfação.

Qual o caminho a seguir?

O “Barómetro da Felicidade no Trabalho” deixa uma mensagem clara: há muito trabalho a ser feito para melhorar o equilíbrio entre as expectativas dos colaboradores e as práticas das empresas. A criação de ambientes que promovam o bem-estar, o reconhecimento e a valorização devem ser prioridades estratégicas para as organizações.

Investir na felicidade laboral não é apenas uma questão de ética, mas também de produtividade e retenção de talento. Empresas que apostam em benefícios personalizados, flexibilidade e progressão na carreira estarão melhor posicionadas para reter os seus colaboradores e atrair os melhores profissionais.

Este estudo é um convite à reflexão tanto para empregadores como para colaboradores. Afinal, a felicidade no trabalho é mais do que um conceito abstrato – é um fator determinante para o sucesso das organizações e para a qualidade de vida dos trabalhadores.

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