“Punto final”, poder-se-ia dizer, acerca da história de um dos modelos que marcou o percurso de muitos automobilistas em toda a Europa. O Fiat Punto poderá cessar funções brevemente, uma vez que a marca de Turim já anunciou o seu término, sem que haja indícios de uma nova geração.
O Fiat Punto é um ícone entre os automóveis populares e marcou a história de milhões de automobilistas, tal como sucedeu com alguns modelos da história da Fiat, como, por exemplo, o original Fiat 500. O Fiat Punto substituiu o também bem-sucedido Fiat Uno, a partir de 1993, ano da sua apresentação oficial, na Alemanha. Mais espaçoso, mais seguro e moderno, o Fiat Punto viria a sublinhar de forma incontornável a história de sucesso dos pequenos automóveis da Fábrica Italiana de Automóveis de Turim (FIAT), um género de carros que o construtor italiano sempre soube fazer muito bem.
História do Fiat Punto
Durante anos a fio, o Fiat Punto foi um automóvel com marcada presença nos comparativos das revistas da especialidade, enfrentando os eternos adversários do Grupo PSA. O Punto foi um dos utilitários que proporcionaram horas de animadas discussões entre os amantes de automóveis, que tentavam deslindar, dissecar, examinar até à exaustão – uns na teoria, outros na prática – qual o melhor entre o famoso trio: Fiat Punto, Citroën Saxo e Peugeot 108.
Na primeira geração, as potências dos motores a gasolina andavam entre os 54 e 136 cavalos, estes a puxarem pelo famoso Punto GT, modelo que vingava pela relação peso/potência e foi escolha de milhares fãs de tuning e performance automóvel. A simplicidade na construção, a fiabilidade do produto como um todo, preços combativos e design assinado pelo gabinete Giugiaro tornaram o Fiat Punto um sucesso de vendas quase constantes ao longo dos seus 25 anos de carreira, tornando-o um verdadeiro ícone entre os automóveis de grande produção.
Destacou-se pelos motores de baixa cilindrada que, independentemente de alguns problemas menores, apresentavam saldo muito positivo, sobretudo quando a manutenção não era descurada. A primeira geração do Punto contava com um Diesel 1.7, em versões atmosférica (57 cavalos) e sobrealimentada (71 cavalos), amado por muitos, odiado por outros. Ao primeiro Punto não faltou mesmo o encanto de uma versão descapotável, do gabinete Bertone.
O Fiat Punto viu a segunda geração chegar em 1999, que dava continuidade à carroçaria de dois volumes, ligeiramente maior, também com óticas traseiras verticais mas agora faróis dianteiros com iluminação dividida. Tal como de início, o Punto II seguiu uma carreira de sucesso nas vendas, dando continuidade à geração que tinha produzido mais de 3,3 milhoes de unidades.
O Fiat Punto continuou a crescer e a terceira geração até se chamou Grande Punto. A marca italiana decidiu continuar a produzir o Punto II para alguns mercados e adicionou um primeiro nome ao Punto, de forma a distingui-lo. O Grande Punto, ainda em comercialização, foi apresentado em 2005 e é o maior, com mais de 4 metros de comprimento, 1,69 metros de largura e uma altura de 1,49 metros.
Mais confortável e moderno, frente apelativa com nova identidade visual que muitos comparam com o “olhar” Maserati, o atual modelo está disponível com motores a gasolina 1.2 e 0.9 TwinAir, o bifuel 1.4 a gasolina e GPL e o Diesel 1.3 Multijet. O Grande Punto herdou um trabalho difícil, com a responsabilidade de, com recursos cada vez menores, representar a marca num segmento extremamente competitivo. Veremos se o terceiro Punto (ponto, em italiano) não será mesmo o Punto final na história de um modelo que foi, sem dúvida, um ícone na marca italiana.
Veja também: