Ainda na sequência dos Oscars, Darkest Hour é o filme da semana, que escolhemos por muitas razões. O trabalho premiou como melhor ator Gary Oldman, uma dos grandes estrelas de Hollywood. É dos bons “Oscars baits” que se podem ver, ao contrário do The Post. Um filme que retrata parte da vida de de Winston Churchill, naquele que é o um dos períodos mais negros da humanidade.
Filme da semana: uma crítica a Darkest hour
O Reino Unido vive tempos de turbulência politica, com os seus cidadãos a culparem, pelo fracasso continuo das tropas britânicas que lutam na 2ª Guerra Mundial, o seu primeiro-ministro, Neville Chamberlain. O conservador Churchill é o escolhido para o suceder. A partir desse momento, o Reino Unido e a Europa nunca foram os mesmos. Este é Darkest Hour.
Darkest Hour é realizado por Joe Wright e escrito por Anthony McCarten. Gary Oldman dá o corpo a Winston Churchill nesta película. Bem, corpo não é bem o termo, pois os prostéticos utilizados foram tantos que é impossível reconhecer Gary Oldman debaixo daquela gordura a fingir. Feito esse que fez com que a Academia desse, também, o Oscar de melhor maquilhagem e penteados.
Primeiro de tudo, este não é, nem de longe nem de perto, o melhor filme dos nomeados para o Oscar. É um filme banal que, por fazer muitas coisas bem e por ter uma estrela no papel principal, chega à nomeação. Isso e o facto de 2017 ter sido um ano fraco no que toca à qualidade dos filmes.
Para quem gosta do tema da Segunda Grande Guerra, este filme não pode faltar na lista. A vida de Winston Churchill como governante do Reino Unido merece ser conhecida por todos. No entanto, gostaríamos que Darkest Hour não se concentrasse num único episódio do estadista e mostrasse mais do que foi a vida política do primeiro-ministro inglês.
Passar pouco mais de duas horas a retratar o episódio de Dunkirk na perspectiva de Churchill é escasso. Soube a pouco.
V de vitória
O humor deste filme é um dos pontos fortes. Nem muito britânico, nem muito brejeiro. É uma das características mais peculiares de Winston e que o filme consegue transmitir na perfeição. Por outro lado, é um filme capaz de ter uma carga emocional acentuada. A tensão que se vivia em terras de sua majestade naquela época está lá, tal como o medo dos tempos de Hitler e o patriotismo britânico. O dilema de Dunkirk é tremendo.
Darkest Hour é um filme que não é extraordinário, apesar da extraordinária prestação de Gary Oldman. Existirão outras história de Churchill que podiam ter sido contadas em filme, mas talvez para isso fosse preciso uma trilogia. Será?
Preparado para as pipocas? Já tem o filme da semana.
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