A Renault admitiu que poderá abandonar o uso de motores a gasóleo na maior parte dos carros vendidos na Europa. A hipótese surgiu durante uma reunião da empresa francesa e é sustentada pela subida dos custos de desenvolvimento dos motores alimentados por este combustível e ainda pelo cumprimento das regras europeias de emissões. Poderá isto ser o início do fim do gasóleo?
“As normas mais restritivas e os métodos de homologação vão aumentar os custos tecnológicos de forma a que os motores a gasóleo sejam forçados a sair do mercado”, confidenciou uma fonte à agência Reuters, citando as declarações de Thierry Bollore, responsável do departamento de competitividade.
A medida poderá brevemente afetar a construção dos modelos Clio e Mégane – que estão entre os mais vendidos em Portugal – sendo que os motores a gasóleo já têm vindo a ser retirados dos automóveis do segmento A como o Twingo. Uma decisão que poderá vir a marcar o fim do gasóleo.
Recorde-se que a Renault chegou a ser acusada, no início do ano, de usar um sistema fraudulento semelhante ao da Volkswagen e que a partir de 2019 os testes de emissões passarão a ser baseados em provas em consumo real e não em testes em laboratório, conforme as normas aprovadas pelo Parlamento Europeu.
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08 Set, 2016 - 10:30
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A subida dos custos de desenvolvimento dos motores poderá justificar o fim do gasóleo.