O FMI visitou pela quarta vez Portugal após cumprido o programa imposto pela Troika. Desde o dia 15 até ao dia 29 de junho, os responsáveis marcaram presença na cidade de Lisboa, onde repensaram a sua estratégia na tentativa de ajudar Portugal a atingir as metas pretendidas para os próximos anos.
O principal foco desta nova visita, esteve centrada no Produto Interno Bruto. Acreditando que a meta proposta no relatório anterior (valor de um crescimento na ordem dos 1,4%) seria difícil de alcançar, o FMI decidiu baixar a expetativa para apenas 1%, sendo que não foi só a projeção para este ano que diminuiu. Para 2017 a estimativa caiu também dos 1,3 para os 1,1%.
Esta diminuição resulta do enfraquecimento das nossas exportações desde meados do ano transato, não obstante o grande crescimento do consumo no setor privado. Um motivo de desconfiança e incerteza face à capacidade de resposta do nosso país. Um sintoma dessa convicção esteve presente no decréscimo do PIB já no primeiro trimestre de 2016.
Em virtude dessas conclusões tiradas pelo FMI, no comunicado emitido pode ler-se que “a perspetiva é um pouco menos favorável”. O FMI, apoiando-se nestes números, considera que, sem o apoio destas novas medidas adicionais, seria extremamente complicado para Portugal chegar à meta do défice situada nos 2,2%. No entanto, não deixou de notar o esforço operado pelo Estado para combater esta quebra de rendimento.
Assim, com a imposição destas novas medidas, será possível carregar as baterias em direção à curva descendente da dívida pública. Por fim, de destacar no comunicado, o apelo à importância de um quadro político favorável, nomeadamente para que o país possa defender-se das possíveis consequências do Brexit.
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