O fornecimento de energia é uma das áreas mais críticas de qualquer casa – dele dependem a utilização de todos os eletrodomésticos, os banhos quentes e, claro, a gestão do orçamento familiar.
É por este motivo que escolher o fornecedor de gás e eletricidade é uma tarefa que exige algum cuidado e ponderação. Sobretudo agora que o mercado liberalizado da energia funciona a todo o vapor, o que não falta são opções – tantas que passou a ser possível (e recomendável) fazer uma lista de fornecedores de energia no mercado liberalizado, antes de tomar uma decisão final.
Fornecedores de energia no mercado liberalizado em Portugal
Antes de começar a fazer uma lista das opções que tem disponíveis, tenha em atenção que, quando falamos de energia, falamos de dois tipos: a eletricidade e o gás natural. À partida, para fazer face às necessidades diárias de uma habitação familiar são precisas as duas modalidades, que podem ser contratadas ao mesmo fornecedor ou a fornecedores diferentes.
Esta é, aliás, a primeira escolha que tem de fazer: ter o mesmo fornecedor a providenciar gás e eletricidade tem algumas vantagens – como descontos promocionais oferecidos pela empresa -, mas também tem algumas desvantagens – por exemplo, se os preços subirem vai sentir o impacto com toda a força, porque ele vai ter implicações na fatura da luz e também na do gás natural.
Também pode acontecer que algumas empresas não tenham capacidade para fornecer os dois tipos de energia. Algumas que operam no mercado português só conseguem providenciar luz elétrica, o que, desde logo, o obrigará a pedir fornecimento de gás natural a outra empresa e a assinar dois contratos. Vale a pena, por isso, analisar com atenção a lista dos fornecedores de energia no mercado liberalizado e informar-se que tipo de serviços cada uma delas pode prestar.
Por outro lado, deve considerar bem o tipo de imóvel onde precisa de ter energia: uma loja de roupa, por exemplo, pode prescindir de abastecimento de gás natural, o que leva a uma boa poupança.
Falando em lojas, há ainda que considerar a diferença de tarifas aplicadas a clientes individuais e clientes comerciais. Algumas empresas de fornecimento energético disponibilizam tarifas diferentes para fins distintos, e a escolha da tarifa certa pode representar uma grande poupança no final do mês.
Consciente dos princípios básicos, conheça a lista de fornecedores de energia no mercado liberalizado:
Empresas fornecedoras de eletricidade e gás natural:
- EDP
- Endesa
- Simples
- Galp
- Gold Energy
- Rolear Viva
Empresas fornecedoras apenas de eletricidade
- Alfa
- Audax Energia
- Eco Choice
- eLusa
- Enat
- Hen
- Iberdrola
- jafPlus Energia
- Lógica Energy
- LuzBoa
- Luzigás
- PTlive
- Ylce
Mercado liberalizado e mercado regulado: qual a diferença?
Quem está habituado ao tradicional mercado de fornecimento de energia que vigorou até há poucos anos pode ficar surpreendido com o tamanho da lista de fornecedores de energia no mercado liberalizado – e não é por acaso.
Enquanto Portugal esteve limitado ao mercado regulado de fornecimento de energia, os preços da eletricidade e do gás natural eram determinados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), o que significava que a energia custava o mesmo para toda a gente.
A bem da verdade, a ERSE nunca proibiu ninguém de operar no mercado de fornecimento de energia, mas, como os preços eram fixos, o mercado não tinha nada de atrativo para as empresas privadas a operar no setor. Assim, as casas portuguesas tinham todas o mesmo fornecedor: a EDP, que também era participada pelo Estado.
Com a liberalização do mercado, os preços deixaram de ser regulados, ou seja, a ERSE deixou de determinar quão cara a energia tinha de ser vendida aos portugueses. Com um mercado mais aberto e mais atraente, surgiram então vários operadores energéticos que ofereciam eletricidade e gás natural a preços determinados pelas leis do mercado.
Com os novos fornecedores de energia, novas modalidades de fornecimento surgiram também. No mercado liberalizado, o consumidor tem mais poder: pode escolher que potência quer contratar, a quem e de que forma.
A possibilidade de escolher um serviço de fornecimento de energia à medida das suas necessidades fez com que, para muitos portugueses, as contas baixassem no fim do mês – porque, ao terem consumos reduzidos, pagavam menos. No entanto, esta vantagem não existe para toda a gente, pelo que convém prestar atenção e comparar bem os preços.
O que aconteceu ao mercado regulado?
Apesar de já não se falar dele, o mercado regulado não desapareceu. Nele ainda opera a EDP Serviço Universal, que pratica os preços fixados anualmente pela ERSE. Quer isto dizer que os consumidores ainda podem escolher aderir ao mercado regulado, se assim quiserem.
Como mudar de fornecedor de energia? Se, ao ler a lista de fornecedores de energia no mercado liberalizado, algum lhe chamou a atenção, saiba que no mercado livre pode mudar de fornecedor quando quiser. Só precisa de comunicar essa intenção ao seu fornecedor atual, cessar o contrato que está em vigor e assinar novo contrato com a nova empresa.
É ainda importante saber que a mudança de fornecedor de energia não pode, por lei, trazer quaisquer custos ao consumidor. É por isso mesmo que se chama mercado liberalizado: porque os consumidores são livres de escolherem o que querem e não podem ser multados por mudarem de opinião.