Há quem diga que os funcionários públicos têm sido a classe mais afectada com esta crise e a verdade é que as notícias do último ano têm confirmado perdas imensas no poder de compra dos funcionários públicos. Sendo trabalhadores do Estado, acabam por ser também a classe mais afectada. Os cortes nos ordenados, nas pensões e os fortes despedimentos na função pública tem dado origem a uma grande polémica no seio dos funcionários do Estado.
Menos 6%
As últimas notícias apontam para o facto de, em Janeiro, os funcionários públicos terem perdido mais 6% do seu salário face ao mesmo mês de 2013. Estas perdas devem-se essencialmente à entrada dos novos cortes recentemente aprovados em Orçamento do Estado.
Se formos analisar o ganho médio mensal dos funcionários públicos, que contempla a remuneração somada aos suplementos, podemos concluir que as perdas são de 5,6% em Janeiro, fixando-se no valor médio de 1512 euros brutos. Também o salário base médio diminuiu 5,8%, para 1324,4 euros.
Novos cortes
Este ano, é premente referir que os novos cortes estão a afectar todas as remunerações acima dos 675 euros brutos, contra os anteriores 1500 euros brutos. Segundo estes valores que integram a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), referente ao primeiro trimestre “desde final de 2011 até 31 de Março de 2014, as administrações públicas perderam 51.445 trabalhadores (8,4%). Neste período, a Educação perdeu 23.765 trabalhadores(mais de metade do total). No primeiro trimestre, o número de trabalhadores era assim de 561.121, revelando uma queda de 0,5% face a Dezembro”.
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