Este fundo, denominado “Fundo Bem Comum“, trata-se de um fundo de capital de risco de 2,5 milhões de euros direccionado a apoiar projectos de quadros médios desempregados, promovido pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) e parece que vai começar em Outubro.
De acordo com declarações de António Pinto Leite, presidente da ACEGE, já existem projectos interessados e só falta a aprovação final da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM ) que deve sair a curto prazo e daí prever-se o lançamento destainiciativa em Outubro.
Recorde-se que a CMVM é um organismo público português independente, com autonomia administrativa e financeira, sendo dotada de património próprio; e que tem poderes para regulamentar, supervisionar, fiscalizar e reprimir em caso de violação das disposições legais ou regulamentares por parte de qualquer interveniente no mercado.
Este fundo tem como investidores igualitários o grupo José de Mello, a Caixa Geral de Depósitos, o Banco Espírito Santo, o Banco Santander Totta e o Montepio.
Pretende-se com este fundo apoiar projectos e financiar iniciativas empreendedoras. Outro objectivo da ACEGE é criar uma “plataforma” em parceria com outras entidades como a Macinsey ou a Partners, para no caso de existirem projectos que não possam ser financiados possa haver um acompanhamento ou reencaminhamento destes projectos para outros organismos.
A ideia para este fundo surge com base na ideia de que a esperança média de vida tem vindo a aumentar e hoje em dia vive-se com facilidade até aos 80 anos. Ora, se acontece de uma pessoa se vir desempregada aos 40 anos, esta sente-se sem rumo, desamparada e dificilmente arranjará outro emprego.
O papel da ACEGE será no fundo de aconselhar, reencaminhar o projecto para outras instituições ou até se for o caso dizer que não há qualquer viabilidade para o dito projecto.
É destinado aos quadros médios já que é um desperdício, pessoas que estão ainda na sua máxima capacidade de rendimento, pessoas que investiram muito dinheiro na sua formação verem-se numa situação precária e lidarem com o desemprego.
Outra tarefa da ACEGE é criar uma base de dados que fique disponível para várias empresas terem conhecimento dos recursos humanos existentes, até porque o fundo é para pessoas com perfil empreendedor, capazes, com energia e vontade de fazer os seus próprios negócios e a verdade é que nem toda a gente tem um perfil empreendedor.
A filosofia deste fundo é o empreendedorismo como uma medida de criação do próprio emprego e combater a dependência do Estado.