Share the post "Quer ganhar muito e investir pouco? Conheça os fundos mútuos"
Os fundos mútuos são também conhecidos, simplesmente, por fundos de investimento e dão-lhe a possibilidade de aceder aos mercados financeiros e investir numa panóplia de instrumentos financeiros: como ações, dívida pública e privada.
Este investimento é feito de forma controlada, mitigando riscos, sendo que é gerido de forma profissional, através de sociedades gestoras de fundos de investimento – que são obrigadas a prestar-lhe informações periódicas sobre a política de investimento seguida, composição da carteira e rendibilidade global do fundo, entre outras.
Investir em fundos de investimento é uma boa opção para quem não domina ou não tem tempo para acompanhar em permanência os mercados financeiros.
O que são os fundos mútuos?
Assim, estes fundos reúnem poupanças de pequenos investidores e podem ser vistos como uma forma de inovação social, uma vez que este mecanismo proporciona o acesso aos mercados financeiros que, de outra forma, não seria possível, e esperam para um determinado investimento uma determinada combinação de risco e rendibilidade.
Ou seja, quanto maior for o risco subjacente, maior a rendibilidade. A entidade gestora respetiva é obrigada a fornecer-lhe elementos e a elaborar relatórios de gestão de que conste a rendibilidade do fundo.
4 vantagens dos fundos mútuos
Os fundos mútuos, além de permitirem o acesso aos mercados financeiros de forma generalizada, apresentam ainda as seguintes vantagens:
1. Estes fundos são geridos por profissionais dos mercados financeiros com conhecimentos técnicos aprofundados sobre os ativos que compõem o fundos e também sobre os mercados em que tais ativos são negociados, estando permanência a tentos às suas rendibilidades e volatilidade do investimento;
2. Permitem reduzir o risco dos investimentos de cada participante, uma vez que o diversificam;
3. Permitem redução dos custos de transação (principalmente os custos de corretagem) devido à transação de grandes quantidades;
4. Particularmente, no caso dos fundos imobiliários, permitem o acesso dos pequenos investidores a mercados onde os montantes de investimentos são elevados.
O que acontece quando investe num fundo mútuo?
Um fundo mútuo é constituído por determinado património que pertence aos seus diversos participantes e que se destinam a investir em ativos pré-definidos.
Esse património, que correspondem à carteira de valores mobiliários e/ou imobiliários em que o fundo investe, é dividido em unidades de participação, com iguais características e com determinado valor, que são também, elas próprias, valores mobiliários.
Deste modo, se quiser confiar as suas poupanças a um determinado fundo, passará a deter unidades de participação do mesmo, que perfazem o montante de investimento de destinou a este produto financeiro. Por exemplo, se quiser investir 1000 euros e se cada unidade de participação tiver o valor de 5 euros, ficará com 200 unidades de participação.
Tipos de fundos mútuos
Há dois grandes tipos de fundos, os fundos mobiliários e os fundos imobiliários. Os fundos de investimento imobiliário caracterizam-se pela maior fatia do seu investimento ser feita em imóveis. Os fundos mobiliários podem ainda ser de vários tipos consoante o tipo de valor mobiliário em que investem, por exemplo, ações, obrigações, outros fundos ou moeda.
Fundos mobiliários
Deste modo, os fundos de investimento mobiliário podem ainda ser classificados em diferentes tipos consoante as respetivas políticas de investimento e os principais ativos que fazem parte do seu património:
- Fundos de ações: a maior fatia do património está investida em ações. Apresentam algum risco dada a maior volatilidade do ativo que os compõem, mas também níveis de rendibilidade superiores;
- Fundos de obrigações: investem, maioritariamente, em obrigações, por norma, com rendibilidades e risco inferiores aos fundos de ações;
- Fundos de fundos: existem fundos que investem, principalmente, em unidades de participação de outros fundos, pelo que o seu risco e a sua rendibilidade depende do risco que os fundos em que investe têm associado.
Uma forma de mitigar o risco é a diversificação, ou seja, não investir apenas num tipo de ativos (ações, obrigações…), nem em empresas de um único setor de atividade, mas distribuir o investimento por diferentes classes de ativos mobiliários, de diferentes riscos e, de preferência, cujas rendibilidades não estejam correlacionadas entre si.
Uma boa opção para isso podem ser os fundos mistos, cujo património divide-se entre ações e em obrigações ou outras classes de ativos.
Como escolher o melhor fundo de investimento?
Se os fundos de investimento já o seduziram, a pergunta que se estará a fazer é: como escolher o fundo mais adequado para investir?
A primeira coisa a que deve atender é ao risco que está disposto a correr, que deverá estar alinhado com o seu perfil de investimento: conservador ou dinâmico.
Nos prospetos de determinado fundo de investimento mútuo – que é o documento que contém as características do fundo, tais como regras para lhe aceder; política de investimento; composição da carteira; análise de rendibilidades históricas; benchmarking; rendibilidades esperadas; e responsável pela gestão do fundo – deve vir mencionado o grau de risco que os mesmos oferecem e que está diretamente ligado com as políticas de investimento desenvolvidas e com os ativos em que investe.
Depois, deverá comparar as rendibilidades oferecidas para um grau de risco semelhante e, outro ponto, que não deve descurar é a volatilidade dos ativos que compõem o património do fundo.
Informações obrigatórias
Um forma de lhe dar a segurança que ainda precisa para embarcar neste tipo de investimento pode ser saber que o regulador do mercado de capitais português, a CMVM, supervisiona de forma próxima os fundos mútuos, exigindo que as sociedades gestoras divulguem as seguintes informações:
- Custos e comissões suportadas pelo participante no fundo, designadamente, subscrição de unidades de participação e comissões de guarda de títulos;
- Informação relevante tal como alteração na política de investimento, alteração na equipa de gestão do fundo ou no board da sociedade gestora de fundos;
- Valor diário das unidades de participação;
- Composição discriminada das carteiras;
- Mercados elegíveis para efeitos de investimento, a título principal, por parte de organismos de investimento coletivo em valores mobiliários;
- Rendibilidades.
Além disso, todos os fundos de investimento mútuo têm que estar registados na CMVM, bem como as sociedades gestoras dos mesmos, que têm que estar autorizadas a realizar operações de intermediação financeira e demonstram que possuem idoneidade e conhecimentos técnicos para esses fins.
Ainda tem dúvidas ou razões para não agarrar esta oportunidade de inovações financeira? Poderá também fazer uma simulação para se dar conta se a rendibilidade que irá ter mediante o período de tempo do investimento e o montante investido, compensam os custos do investimento. A CMVM disponibiliza um simulador.
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