De forma geral, já se sabe: os bichanos não interagem demasiado e são mais recatados. Quem tem gatos em casa sabe bem do que estamos a falar. No entanto, o comportamento do felino transforma-se num problema quando existem impulsos de ataque a visitas ou a outros animais, ou quando passam a rejeitar brincadeiras com os donos e, até, uma boa dose de miminhos. Se a relação com o seu animal de estimação é sinónimo de dor de cabeça e deu conta que tem um gato agressivo em casa, este artigo é mesmo para si. Encare, com a nossa ajuda, o desafio de acalmar o seu patudo.
4 motivos pelos quais o seu gato é agressivo
São 4 os fatores que podem tornar um gato agressivo: proteção (de território, pessoa, comida ou objeto); medo; desconforto ou dor; excesso de excitação na hora da brincadeira.
Cada bichano é único e, por isso, tem as suas próprias razões para reagir de forma agressiva – a regra de ouro é estar atento ao animal e observá-lo para saber quais são. Tente observar quais são as reações físicas e os sinais corporais que o seu gato envia nos momentos que antecedem o ataque.
O felino coloca-se em posição ereta e olha fixamente para as visitas que chegam à casa? Entenda que, provavelmente, o animal acredita que está a proteger aquilo que entende ser seu – o lar e os donos. Se, entretanto, o ataque acontece dando a entender que o gato não quer ser incomodado ou visto, o mais certo é que o seu animal esteja com medo.
O mais importante, para entender por que tem um gato agressivo, é saber analisar corretamente estas situações. Lembre-se que, para solucionar o problema, vai precisar de conhecer bem a sua razão. Todo o tratamento para a agressividade do animal vai depender disso.
6 tipos de agressividade dos gatos
1. Agressividade ofensiva
O felino age como um predador, com postura ereta, rabo duro, orelhas para o alto, olhar fixo e pelos eriçados. Podem baixar-se para observar o alvo do ataque antes de agir agressivamente.
2. Agressividade defensiva
O bichano age como uma presa, com o corpo inclinado, orelhas caídas e rabo colado ao corpo. O gato não quer ser visto, ataca e corre rapidamente.
3. Agressividade por medo
Quando o gato se sente ameaçado, o seu instinto inicial é fugir. Se não encontrar um sítio que lhe pareça seguro, a sua segunda opção será o ataque. Quando essa situação se repete algumas vezes, o gato acaba por se tornar agressivo, entendendo que a solução mais eficaz para agir em defesa será atacar e depois fugir.
4. Agressividade durante a brincadeira
Esta situação pode ser das mais fáceis de analisar, no entanto, é muito delicada. Muitas vezes, o bichano está de facto a brincar e, por isso, não entende que está a ser agressivo, acabando por magoar o dono ou outro animal. O comportamento pode agravar-se quando o dono, sem saber como tratar a situação, deixa de brincar com o animal para evitar os seus arranhões.
5. Agressividade por dor
Reparou que o seu gato ataca quando é tocado? O problema surge quando tenta colocá-lo ao colo ou acariciá-lo em alguma zona do corpo, em especial? Talvez a raiz do problema esteja em algum desconforto físico. Tente perceber se o seu gato está a proteger-se de uma dor ao ser tocado.
6. Agressividade por proteção
O instinto de proteção é um comportamento absolutamente natural dos gatos e está relacionado, principalmente, com a questão territorial. Se os bichanos acreditam que existe uma ameaça a sua segurança no seu perímetro, o mais certo é que reajam atacando.
O que fazer para tratar um gato agressivo?
Trabalhar o condicionamento do gato agressivo e o seu adestramento podem ser tarefas complicadas – principalmente quando, nestas situações, comparamos o comportamento dos felinos ao dos caninos. A forma mais simples de ter sucesso e alcançar o objetivo é agir com foco na prevenção dos problemas.
Se a agressividade é causado por alguma dor, por exemplo, a melhor solução é marcar uma consulta no veterinário. Converse com o profissional de saúde animal sobre a necessidade de realizar exames de rotina e confirme se há algum problema físico que possa estar a provocar episódios de agressividade.
Se o problema tem origem no medo, não deixe de disponibilizar alguns locais estratégicos onde o animal se possa esconder para sentir-se mais seguro – prateleiras altas ou uma “toca” (que pode ser a caixa de transporte) são boas soluções práticas.
Quando a agressividade aparece durante os momentos de brincadeira, o mais recomendado é que modifique a estratégia de interação com o animal. Evite o contacto, por exemplo, e aposte em jogos com bolas.
Nos casos em que a agressividade tem origem no instinto de proteção do felino, o melhor remédio será sempre o afeto. Dê colo e atenção ao seu bichano. Em qualquer que seja a situação, o segredo para ultrapassar o problema será sempre estar atento ao comportamento agressivo do gato e tentar mudar, estrategicamente, a situação. Tenha paciência e, se preciso, não hesite em procurar a ajuda de um profissional – seja um veterinário ou um adestrador de gatos.