Quando somos jovens imaginamos uma vida farta e cheia de atividades. Contudo, quando inseridos no mercado de trabalho a realidade é bem diferente dos nossos sonhos, limitada a 1.000 euros mensais. Quem faz parte da geração 1.000 euros? São licenciados, pós-graduados e mestres em enfermagem, gestão, engenharia, contabilidade, direito… Desde pessoas recém-formadas até pessoas que já trabalham há uma vida, são diversos os casos em que o vencimento fica pelos mil euros mensais.
Com o aumento da população idosa e diminuição da população ativa, a Segurança Social não garante os mesmos padrões de reforma dos nossos avós e pais. Na passagem à situação de reforma irá resultar numa diminuição do rendimento disponível. Uma estratégia de poupança complementa e garante uma reforma digna, garantindo as necessidades mínimas sem grande esforço.
Comparando os vencimentos a nível europeu existe um desequilíbrio com os restantes países, em Portugal as remunerações pagas a quadros qualificados, que passaram 15 anos a estudar numa área específica, fica muito aquém das expetativas. Como esta condição é a mais comum na nossa sociedade vamos analisar o que podemos fazer com este rendimento.
Assumindo os 1.000 euros brutos, deduzindo os impostos, ficamos com cerca de 755 euros líquidos mensais. Se conseguirmos poupar uma hora do nosso dia de trabalho para a reforma, ou seja, dividindo um dia de trabalho por oito horas, obtemos a percentagem de 12,50 %, que corresponde a 94,50 euros por mês e 1.323 euros por ano. Adotando uma estratégia de poupança ao longo da vida ativa, ou seja, durante 45 anos, vamos obter resultados surpreendentes com os seguintes pressupostos:
1. Poupança mensal de 94,50 euros
2. Taxa de rendibilidade de 6 %
3. Reinvestir os juros obtidos, ou seja, capitalização dos juros
Como podemos verificar no gráfico, passados 45 anos a amealhar menos de 100 euros por mês, conseguimos alcançar cerca 300.000 euros, poupando e investindo uma hora de trabalho para a nossa reforma, garantimos os recursos financeiros necessários para a ultima etapa da nossa vida.
Para conseguir uma taxa de rendibilidade de 6 % é necessário investigar as aplicações financeiras disponíveis no mercado para ajudar a maximizar a rentabilidade e a minimizar os riscos.
Antes de escolher as aplicações financeiras e/ou ativos a adquirir, é necessário proceder à avaliação do risco subjacente e a sua rendibilidade esperada. É fundamental dominar e conhecer o tipo de ativos em que se investe. Existe ainda outros aspetos a ter em consideração, nomeadamente as comissões aplicáveis, o regime fiscal, se estão cobertas pelo fundo de garantia do estado e as eventuais regras de resgate antecipado.
O retorno dos investimentos têm de assegurar uma remuneração superior à evolução da inflação, é fundamental analisar a taxa de rendibilidade dos investimentos financeiros se estão está acima do nível da inflação esperada. Caso contrário o montante investido terá perdido valor em termos reais.
Diversificar os investimentos é a melhor forma de reduzir o risco, utilizando um princípio básico, nunca devemos colocar os “ovos” todos no mesmo cesto.
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