Ekonomista
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22 Set, 2017 - 09:06

Glaucoma: o que deve saber sobre esta doença silenciosa

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O glaucoma é uma doença que afeta, sobretudo, o nervo ótico. Se não for devidamente tratada, pode conduzir à cegueira. Conheça as causas e os tratamentos.

Mulher em consultar para despistar o glaucoma

O glaucoma, também conhecido como “doença silenciosa”, é uma doença do foro ocular, que causa danos progressivos no nervo ótico. É a segunda causa mais comum de cegueira em todo o mundo. Estima-se que aproximadamente 4,5 milhões de pessoas sejam cegas devido a este problema.

Glaucoma: tudo o que precisa de saber

Mulher a aplicar gotas nos olhos

Uma das particularidades do glaucoma é o facto de ser uma doença de difícil diagnóstico, por não apresentar sintomas evidentes. Por essa mesma razão, pode haver uma perda de visão, antes mesmo que o doente se aperceba.

O principal sintoma é o aumento da pressão intraocular, sendo que o tratamento vai incidir nessa mesma descida de pressão.

Por outro lado, o glaucoma é também conhecido como “ladrão furtivo da visão”, pois a partir do momento em que existem danos na visão, quase sempre são irreversíveis.

Não há como prevenir o glaucoma. Existem, contudo, grupos de risco, que apresentam uma maior propensão para a doença. Como é o caso dos diabéticos, hipertensos ou doentes com historial familiar de glaucoma. Incluem-se também neste grupo doentes que tomaram medicação prolongada com base em corticoides ou que apresentam uma estrutura da córnea reduzida.

Seja como for, sendo uma doença silenciosa, um dos cuidados a ter é consultar regularmente o oftalmologista, sobretudo a partir dos 40 anos.

Causas e tipos de glaucoma

Os dados divulgados pelo Grupo Português de Glaucoma (GPG) apontam para mais 100 mil pessoas com glaucoma. Uma das principais causas desta doença está relacionada com problemas anteriores na visão – glaucomas secundários -, sendo que a maioria dos casos ocorre sem causa aparente – os glaucomas primários.

De acordo com os dados do GPG, muitos devem-se a causas congénitas, onde se verifica uma anomalia no desenvolvimento do globo ocular. Contudo, podem ainda verificar-se casos de glaucoma da infância e glaucoma juvenil.

Por outro lado, estão ainda identificados dois grandes grupos: o glaucoma com ângulo abertoângulo fechado. Segundo, o Sistema Nacional de Saúde (SNS), o mais comum é o glaucoma primário de ângulo aberto que, quando detetado pelo doente já se encontra numa fase muito avançada da doença.

O que distingue ambos é o acesso de humor aquoso às vias de drenagem. Ou seja, trata-se de um líquido límpido existente no olho que flui para um espaço existente na parte anterior do globo, garantindo os nutrientes aos tecidos circundantes.

No caso do glaucoma de ângulo fechado, esse acesso é dificultado, uma vez que este ângulo está mais preenchido. Deste modo, a íris – a membrana interna do olho – tem maior probabilidade de obstruir os canais de drenagem, podendo conduzir à subida de pressão intraocular.

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Tratamentos possíveis

Atualmente, ainda não existe cura para o glaucoma. Contudo, existem tratamentos para travar o avanço da doença. De qualquer forma, uma vez que a perda de visão é irreversível, para que o tratamento seja eficaz, este deve ser iniciado antes de haver lesão no nervo ótico.

Os tratamentos mais comuns são à base da medicação, como a aplicação de colírios, com o objetivo terapêutico de controlar a pressão intraocular.

Outra das soluções pode ser o tratamento a laser ou cirurgia, mas caberá ao oftalmologista indicar a solução mais adequada para cada caso.

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