O chumbo do PEC teve efeitos quase imediatos com os juros da dívida pública a bater recorde, motivados pela crise política que se vive em Portugal e todo este ambiente de stress e nervosismo, existente no país.
Os mercados financeiros reagiram como era esperado pela OCDE e os juros dispararam para níveis recorde, como é o caso dos juros a 5 anos que variaram entre vários valores, tendo chegado aos 8,509%.
A mesma coisa podemos dizer das Obrigações do Tesouro a 10 anos que já estiveram em niveis perigosos, pois já atingiram os 7,977%.
Entretanto, com a aproximação de eleições antecipadas, o PSD já declarou que na hipótese de vir a ser Governo, poderá vir a aumentar os impostos sobre o consumo, isto é, impostos sobre o tabaco, combustíveis, tabaco e inclusivé o IVA.
Passos Coelho, líder do PSD, admite aumentar o IVA para 24% ou 25%, mas não propõe o aumento de impostos sobre o rendimento, ou seja IRS e IRC estariam intocáveis; nem o corte de pensões.
Nogueira Leite, o conselheiro nacional do partido social-democrata, depois de ouvir as declarações do líder do partido apelou a que seja divulgado o que se pretende fazer diferente do PS, de forma a não haver a tentação de seguir o mesmo caminho do PS.
Se Portugal já estava a ser penalizado pela crise que se vivia, então agora o descrédito é bem maior e os mercados estão constantemente a “castigar” o país.
Além disso, amanhã irá realizar-se uma cimeira, de onde se esperavam soluções, no entanto, agora com este desfecho, os líderes europeus já fizeram saber que poderão adiar a decisão sobre o fortalecimento do fundo de resgate europeu para depois do encontro, o que levou a uma diminuição na confiança dos mercados, assim como o prologamento da crise do euro.
24 Mar, 2011 - 00:00
24 Mar, 2011
Ainda está tudo em aberto, e o certo é que o primeiro-ministro e o seu Governo demitiram-se ontem depois de todos os partidos da Oposição terem chumbado o PEC. E agora? O que vai mudar?