Há quem passe a vida a queixar-se das regras que temos no nosso país, mas a verdade é que pode sempre haver bem pior. É notícia que na Venezuela, quem for ao supermercado tem de passar a deixar as suas impressões digitais. Isto deve-se ao facto do Governo ter acabado de implementar um programa de racionamento que impõe um sistema de impressões digitais nos supermercados que controlam as compras recorrentes dos venezuelanos. Esta medida também visa combater o contrabando de produtos.
Em comunicado, a Federação de Câmaras de Comércio da Venezuela (Fedecâmaras) revela que “este método, que a modernidade hoje permite, não é mais que uma ‘caderneta’ de racionamento. Vamos ser claros, isto é uma senha de racionamento a partir do momento em que só podes comprar uma quantidade dos bens e serviços que necessitas”.
Estas declarações de Roig, o presidente da associação, vão ainda mais longe e indicam que este programa se trata de “uma maneira de administrar a escassez, pelo que os venezuelanos devem perguntar por que razão chegámos ao ponto em que têm de nos limitar a quantidade de bens e marcas”, questiona.
Em defesa a estas acusações, o deputado Ramón Lobo, pertencente à Comissão Permanente de Finanças e Desenvolvimento Económico, desmentiu a informação, alegando que “o Governo Venezuelano não pretende usar o sistema como uma senha de racionamento, mas sim combater o contrabando de produtos alimentares”, conclui.
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