Já é uma informação conhecida: à mesa, as grávidas devem interromper os maus hábitos alimentares e limitar o consumo de cafeína. No entanto, qual é a futura mamã que resiste a um cafézinho, a um chocolate ou a um refrigerante? Para a gestantes que são apaixonadas pela bebida gaseificada mais popular do mundo, fica a dúvida: grávida pode beber Coca-Cola? Eis a resposta que procurava.
A boa notícia é que não é preciso deixar de beber Coca-Cola, dizer adeus ao chocolate ou abandonar o café que dá início ao dia. Como o problema está na dose, o segredo é estar bem informada e apostar na ponderação. Descubra mais neste artigo e tire todas as suas dúvidas.
Grávida pode beber Coca-Cola? Saiba a resposta
Ainda que qualquer refrigerante não seja proibido na dieta das grávidas, a verdade é que esta é uma excelente altura para substituir o consumo de alimentos artificiais por tudo o que seja mais natural – ou seja, é hora de entregar-se aos sumos naturais de frutas.
Ainda assim, se é apaixonada por Coca-Cola, saiba que a bebida não é, de todo, proibida às grávidas. Mas, então, de onde vem o mito da proibição? A resposta a esta pergunta é simples: como os refrigerantes à base de Cola contêm cafeína – tal como os chocolates – o seu consumo deve ser regulado.
E, então, qual é a quantidade máxima de cafeína a ser ingerida por uma grávida (por dia)? O equivalente a aproximadamente 2 cafés expressos.
Mas, há controvérsias…
A verdade é que, mesmo após décadas de estudos sobre o assunto (que apontavam resultados diferentes), a ciência ainda não chegou a um consenso. Isso quer dizer que ainda não se sabe, exatamente, qual quantidade de cafeína é segura durante a gravidez. Sendo assim, muitos médicos e nutricionistas acreditam que o melhor caminho é evitar o consumo – ou reduzi-lo consideravelmente -, pecando pela cautela.
Porque cafeína e Coca-Cola devem ser evitadas na gravidez?
Os estudos apontam que a cafeína presente na Coca-Cola, nos chocolates e, claro, no café, quando consumidos em excesso, podem aumentar o risco de aborto espontâneo e fazer com que o bebé tenha baixo peso. Mas, antes mesmo que fique arrepiada com estas informações, é preciso saber que estes são riscos considerados baixos e, por isso mesmo, a maior parte dos especialistas acredita que o segredo está em não exagerar na dose.
Alimento | Quantidade | Cafeína |
Café expresso | 30 ml | 40-75 mg |
Descafeinado | 240 ml | 2-12 mg |
Chá mate | 240 ml | 27 mg |
Ice Tea | 355 ml (1 lata) | 70 mg |
Refrigerantes à base de Cola | 350 ml (1 lata) | 30-35 mg |
Refrigerantes light à base de Cola | 350 ml (1 lata) | 45 mg |
Chocolate ao leite | 50 g | 20-40 mg |
Para a grávida e para o bebé, qual é o efeito do consumo da cafeína?
Por ser um estimulante, a cafeína aumenta o ritmo cardíaco e também o metabolismo – ou seja, afeta diretamente a forma como o bebé se sente na sua barriga, além do seu peso. Sabemos que este efeito estimulante pode mesmo não ser saudável para o bebé, mas o consumo regulado não deve ser descartado – especialmente se o organismo da grávida mostrar-se ressentido com a falta da cafeína. Dores de cabeça são um bom sinal de que a gestante pode estar a sentir falta do seu habitual café. Por isso, saiba que beber um cafézinho por dia não tem mal algum – especialmente se estiver com as tensões reguladas.
Sabemos que o bem-estar do bebé é fundamental para a futura mamã, mas não é só esta questão que se coloca, afinal, uma grande quantidade de cafeína pode provocar mal-estar às gestantes. O seu poder diurético vai exigir mais idas à casa de banho, por exemplo, mas ainda há mais, como o agravamento dos estados de insónia (tão comuns na gravidez).
Café e chás com cafeína, quando consumidos durante as refeições, podem, também, prejudicar a correta absorção de ferro – por isso, evite-os durante, meia hora antes e meia hora depois delas. A baixa de ferro durante a gestação pode resultar numa anemia.