Numa altura em que tem sido frequentemente noticiada a queda progressiva da taxa de desemprego em Portugal, sabe-se também que o trabalho temporário tem aumentado no país.
Em declarações na passada semana, Vitalino Canas, o provedor do trabalho temporário, assegura que “em 2012 houve cerca de 350 mil contratos temporários, o que significa que, em média, 80 mil pessoas se encontram nesta situação de trabalho temporário”.
Os dados avançados pelo relatório do Provedor da Ética Empresarial e do Trabalho Temporário revelam um aumento de 5 por cento em relação a 2011, algo que pode estar directamente relacionado com o facto do ciclo económico negro estar a começar a inverter-se. Segundo Vitalino Canas, “o trabalho temporário aumentou em 2012 mas temos também indicações empíricas que terá continuado a aumentar em 2013. Eu acho que está demonstrado que, quando a economia começa a crescer, um dos primeiros sinais de que isso está acontecer é o trabalho temporário, assim como, quando a economia começa a ter dificuldades, os primeiros a sentir essas dificuldades são os trabalhadores temporários, que são os primeiros a perder o seu local de trabalho”, assegura.
Os salários baixos
Apesar do aumento do trabalho temporário contribuir para que o desemprego diminua, a verdade é que, segundo o provedor, “grande parte dos trabalhadores temporários têm salários abaixo dos 600 euros”. Uma realidade delicada que levanta diversas questões sociais que têm vindo a ser debatidas aquando da crise que Portugal atravessa.
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