Share the post "Já ouviu falar do síndrome do lobisomem? Entenda a hipertricose"
A hipertricose é uma condição rara, também conhecida como “síndrome do lobisomem”. Esta situação carateriza-se por um crescimento excessivo de pelos em qualquer parte do corpo, afetando tanto homens, como mulheres.
Se nunca ouviu falar de hipertricose, fique a saber mais sobre esta síndrome que, segundo alguns, estará na base da personagem masculina do conto infantil “A Bela e o Monstro”. Saiba mais.
Hipertricose: fique a saber tudo sobre esta condição rara
A hipertricose pode surgir tanto na infância, como já na idade adulta, dependendo se a causa é genética, má nutrição, cancro ou uso de alguns medicamentos. Esta é uma doença sem cura, pelo que quem sofre desta patologia acaba por recorrer a métodos de eliminação do pelo como a depilação a cera ou a lâmina (gillette).
Caraterísticas
Já descrevemos sumariamente esta doença. Contudo, é importante referir que há três tipos principais de pelo que podem surgir em quem sofre deste síndrome. A saber:
- cabelo velino – pelo curto que cresce nas solas dos pés, orelhas, lábios ou palmas das mãos;
- cabelo lanugo – pelo muito fino, suave e sem coloração, também caraterístico dos recém-nascidos;
- cabelo terminal – pelo comprido, grosso e muito escuro, mais frequente no rosto, axilas e virilha.
Diagnóstico
Para diagnosticar este problema, é necessária a consulta de um médico, que fará a observação dos sintomas e a avaliação médica do paciente. Se nas crianças o mais comum é procurar um pediatra; no caso dos adultos, o diagnóstico é, normalmente, feito pelo dermatologista.
Causas
Embora ainda sob investigação e pesquisa, há já alguns aspetos que são apontados como causa possível para a hipertricose, tais como:
- uma mutação genética que vai passando de geração em geração, dentro da mesma família;
- má nutrição extrema;
- uso prolongado de remédios (especialmente esteroides androgénicos);
- câncro;
- doenças de pele (porfiria cutânea tardia, por exemplo).
Nota: Em casos pontuais, pode surgir um caso de hipertricose durante a gravidez, com o aumento do cabelo e de pelos na gestante, o que habitualmente desaparece, após o parto.
Como controlar
Dado que não tem cura até ao momento, as vítimas desta doença recorrem a métodos de depilação capazes de reduzir a quantidade de pelo e, assim, fazê-los sentirem-se melhor consigo próprios. Eis algumas opções disponíveis, listadas de seguida.
- Cera: remove os pelos pela raiz, garantindo um crescimento mais lento. Como é um método mais doloroso, ele não pode ser utilizado no rosto ou outros locais mais sensíveis;
- Gillette: o pelo é cortado perto da raiz com uma lâmina. Embora indolor, os pêlos voltam a crescer rapidamente.
- Cremes: aplicam-se cremes depilatórios, dissolvendo os pêlos e facilitando a sua eliminação.
- Laser: elimina definitivamente os pêlos, diminuindo as cicatrizes e as irritações na pele. Acaba por ser a solução mais duradoura.
O grande problema é que o recurso muito frequente a estes métodos pode acarretar outros problemas, tais como: cicatrizes, dermatite ou reações de hipersensibilidade.
Nestas situações deve procurar usar roupas de tecidos mais leves, naturais e menos apertados, para reduzir o atrito com a pele (que pode ser mais sensível devido à depilação) e dar mais conforto. Assim, deve privilegiar tecidos como algodão, seda, linho, viscose e viscolycra.
Hirsutismo
Outra doença semelhante, mas não igual, dá pelo nome de hirsutismo e carateriza-se pelo crescimento excessivo de pelos grossos e negros em mulheres em localizações como bigode, barba, região mediotorácica, ombros, abdómen inferior, dorso e face lateral interna das coxas.
Esta patologia é, normalmente, provocada pelo aumento dos níveis de androgénio na circulação ou pela resposta aumentada do órgão final aos andrógenos.