A história da Madeira começa em 1419 e tem três navegadores portugueses como protagonistas: Tristão Vaz Teixeira, Bartolomeu Perestrelo e João Gonçalves Zarco em 1419, que lhe deram o nome, devido à quantidade daquela matéria-prima.
A colonização começou seis anos depois e, gradualmente, foram introduzidas algumas culturas agrícolas, que rapidamente conferiram à região uma notória prosperidade económica. Assim, na segunda metade do século XV, a cidade do Funchal já se tinha tornado num porto de escala obrigatório para as principais rotas comerciais europeias.
Fonte: Estrelícias, flores típicas da região/Turistrevo
Os séculos XVII e XVIII ficaram marcados pelo aparecimento do vinho da Madeira e nos seguintes a história da Madeira fica marcado pelo desenvolvimento turístico, principalmente, devido às qualidades terapêuticas naturais da ilha.
O “ouro branco” da Madeira
No século XV, a Madeira inicia o cultivo da cana-de-açúcar, importada da Sicília pelo Infante D. Henrique e este fator ajudou a que a capital da Madeira, o Funchal, se tornasse num centro comercial de excelência, frequentado por comerciantes de várias nacionalidades. Isto fez com que a Madeira atraísse e ali se fixassem aventureiros e comerciantes das mais diversas origens, principalmente, vindos de Itália e Espanha.
Até à primeira metade do século XVI, a Madeira era um dos principais mercados do açúcar do Atlântico, todavia, várias razões levaram ao declínio deste ciclo que se deslocou para outros mercados europeus e mundiais que colocaram a Madeira para segundo plano.
Como nasceu o vinho da Madeira?
O vinho da Madeira tem marcado a história da região e tem hoje reputação internacional
Com o declínio da produção de açúcar no final do séc. XVI, substituíram-se os canaviais por vinhedos, dando origem ao chamado “ciclo do vinho”, que adquiriu fama e proporcionou o aparecimento de uma nova classe social na região: a burguesia.
A Madeira foi ganhando fama e, com isso, cada vez mais se notava a presença de mercadores ingleses que, progressivamente, tomaram conta do importante comércio vinícola insular. Esse período de crescimento e desenvolvimento apenas sofreu um entrave no séc. XIX, altura em que duas grandes epidemias atacaram as videiras madeirenses, causando perdas significativas.
Para contornar esta situação e garantir o negócio do vinho, os viticultores optaram pela plantação de castas mais resistentes, que eram de qualidade inferior.
O início do turismo da Madeira
Fonte: Casas típicas de Santana/Yellow Bus Tour
No século XIX, a maioria dos visitantes pertencia à burguesia. Por ali não faltavam aristocratas, príncipes, princesas e monarcas que, apaixonados pelas belezas naturais da Madeira, foram encontrando formas de potenciar a região, nomeadamente, com a implementação do interesse pela botânica, que conduziu à introdução de novas plantas adaptadas ao clima da Madeira.
Consequentemente, o principal porto e a cidade do Funchal deixaram de monopolizar a atenção dos viajantes: os passeios a pé e a cavalo e de rede permitiram outras incursões até ao interior verdejante da ilha. O que, por sua vez, levou a uma necessidade de criação de infraestruturas de apoio no interior, com estalagens e melhoria das acessibilidades.
Estavam dados os primeiros passos para o que o turismo começasse a ser um dos setores mais importantes da economia madeirense. Surgiu a necessidade de produção de guias informativos para os visitantes, tendo o primeiro sido criado em 1850, focando elementos sobre a história, a geologia, a flora, a fauna e os costumes da ilha.
No que toca às infraestruturas hoteleiras, os ingleses e os alemães foram os primeiros a acreditar no projeto e a lançar as bases para a construção da rede hoteleira da Madeira.
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