Chama-se Honda CR-V e:FCEV e é, nada mais, nada menos, que o primeiro veículo elétrico de célula de combustível a hidrogénio com carregamento plug-in do mundo.
O crossover compacto combina um sistema de célula de combustível totalmente novo, fabricado nos Estados Unidos da América, com a capacidade de carregar a bateria elétrica para oferecer até 60 km de condução em modo EV, na cidade, e um reabastecimento rápido de hidrogénio para viagens mais longas.
O CR-V e:FCEV foi desenvolvido para ser prático, combinando o “desempenho de condução robusto e a funcionalidade de um SUV com um curto tempo de reabastecimento de hidrogénio, aproximadamente 3 minutos, para uma condução de longa distância sem stress”, sustenta a Honda.
Neste sentido, é o primeiro FCEV de um fabricante japonês a ser apresentado ao mundo e a ter uma função de carregamento plug-in que permite carregar a bateria a partir de uma fonte de energia externa.
Sem comprometer as vantagens de um FCEV, como a longa autonomia e o curto tempo de reabastecimento de hidrogénio, a adição da função plug-in aumenta a versatilidade do modelo que oferece uma autonomia estimada de mais de 600 km com um tanque cheio de hidrogénio.
Mais, disponibiliza uma autonomia adicional de mais de 60 km em modo elétrico, medidos pelo Procedimento Mundial Harmonizado de Teste de Veículos Ligeiros (WLTP).
Honda CR-V: Design moderno e estilo desportivo
O pioneiro CR-V e:FCEV herda o estilo desportivo das sucessivas gerações dos modelos Honda CR-V. “Limpo”, “robusto” e “icónico” são as palavras-chave que, segundo a marca, estão na base do desenvolvimento do novo modelo.
Daí que no exterior o destaque vá para o exclusivo design da porta e para-choques traseiros. De perfil, sobressaem as jantes de 18 polegadas e 10 raios. Na frente sobressai a grelha baixa e o longo capot. Elementos que conferem aspeto elegante e, ao mesmo tempo, agressivo.
Já o habitáculo disponibiliza espaço e conforto para cinco ocupantes. O painel de instrumentos é digital e um ecrã central permite controlar as funções do veículo e do sistema de infoentretenimento.
A Honda avança ainda que para o espaço de carga “a equipa de desenvolvimento adotou a ideia de tirar partido da forma saliente do depósito de hidrogénio para criar um espaço de carga de dois níveis utilizando uma placa flexível, com um espaço de bagagem plano e amplo e um nível de arrumação superior para facilitar a organização de itens mais pequenos”.
Fonte de energia
O motor do Honda CR-V e:FCEV combina as tecnologias de pilha de combustível a hidrogénio e bateria recarregável. O hidrogénio armazenado nos tanques de alta pressão circula pela pilha de combustível, onde reage com o oxigénio do ar para gerar eletricidade que alimenta o motor elétrico.
Por outro lado, a bateria recarregável serve como complemento da pilha de combustível, armazenando o excedente de energia e fornecendo potência adicional quando necessário.
Este crossover tem a vantagem de poder ser carregado tanto numa estação de hidrogénio, como numa tomada elétrica convencional, graças ao conector de carregamento/saída de corrente alternada (CA) baseado na norma SAE J1772 (a norma de carregamento de nível 2 no Japão e nos EUA).
Segundo a marca “a versão japonesa do CR-V e:FCEV está equipada com um conetor de saída de corrente contínua (DC) baseado na norma CHAdeMO.
Ao ligar o conetor de saída localizado no compartimento de carga a um dispositivo portátil de saída de energia externa, como o Power Exporter e:6000 ou o Power Exporter 9000, o crossover pode obter energia externa de alto rendimento e servir como fonte de energia em caso de emergência e/ou num evento ao ar livre”.
O sistema de pilha de combustível foi desenvolvido pela Honda e General Motors (GM) e produzido pela empresa conjunta, Fuel Cell System Manufacturing, LLC (em Michigan, EUA). O modelo será produzido no Performance Manufacturing Centre da Honda (no Ohio, EUA) e depois, exportado para o Japão.
O início das vendas na América do Norte está programado para ter início antes do final deste ano. Quando chegará à Europa? Ainda é uma incógnita.