No que às igrejas mais bonitas de Portugal diz respeito, o difícil é escolher. Das grandes cidades, até uma pequena freguesia de Ovar, há belíssimos exemplares que merecem uma visita, quer seja católico ou não. Em último caso pode olhar para estas igrejas como autênticos museus.
Estas são as igrejas mais bonitas de Portugal
Sé Catedral, Porto
Construída no século XII, a Sé Catedral do Porto começou por ser um edifício romano-gótico mas foi sofrendo renovações e ampliações ao longo dos tempos. Ganhou apontamentos barrocos e até uma intervenção por parte do mestre Nicolau Nasoni. Aqui importa visitar não só a igreja em si mas também os claustros, igualmente cheios de história. Para não falar da vista, claro.
Igreja de São Francisco, Porto
O contraste entre a talha dourada e a simplicidade da estrutura gótica da igreja deslumbra muitos dos visitantes. Esta é uma das igrejas mais bonitas de Portugal e uma das mais visitadas do Porto. O grandioso espaço foi criado para gerar espanto, por isso, deixe-se embalar pela sua beleza e tome o tempo que precisar para a absorver. Ao lado fica a Casa do Despacho, onde existem algumas salas merecedoras de visita e um cemitério com catacumbas que gera muita curiosidade.
Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa
Erigido a mando do rei D. Manuel I em memória do Infante D. Henrique, o Mosteiro dos Jerónimos é Monumento Nacional desde 1907 e Património Cultural da Humanidade desde 1983. Foi construído durante o século XVI e doado aos monges da Ordem de São Jerónimo. Na igreja do mosteiro – Igreja de Santa Maria de Belém – encontram-se os túmulos de ilustres portugueses como Luís de Camões, Vasco da Gama e rei D. Sebastião.
Igreja do Convento da Madre de Deus, Lisboa
Fonte: Flickr/Pedro Ribeiro Simões
O Convento da Madre de Deus, em Lisboa, foi fundado pela Rainha D. Leonor (1458-1525), que desejava aqui instalar a Ordem de Santa Clara. Da igreja do convento destacam-se os dois coros barrocos que conjugam talha dourada com belos azulejos. As pinturas das paredes e do tecto são da autoria de Bento Coelho da Silveira. A visita a esta igreja está reservada aos detentores do bilhete do museu.
Igreja de São Roque, Lisboa
Os estilos maneirista e barroco dominam a igreja de São Roque, um dos raros edifícios em Lisboa a sobreviver ao terramoto de 1755, quase intacto. Esta é uma das igrejas mais bonitas de Portugal e foi mandada edificar no final do século XVI, em parceria com Afonso e Bartolomeu Álvares. Não é de estranhar que seja uma das atrações mais populares da capital entre os turistas.
Igreja dos Lóios, Évora
Também conhecida como Igreja de São João Evangelista, a Igreja dos Lóios, em Évora, é considerado Monumento Nacional desde 1910. É também tida como uma das igrejas mais bonitas de Portugal. Pertenceu ao convento dos Lóios, construído no século XV sobre as ruínas de um castelo medieval, em 1485.
Igreja Paroquial de Válega, Ovar
Se pensava que as igrejas mais bonitas de Portugal estavam reservadas para as cidades grandes, desengane-se. É numa pequena freguesia de Ovar que encontramos um belo exemplar, uma obra-prima da arte da pintura do azulejo. Se durante o dia a fachada coberta de azulejos impressiona, ao por-do-sol, virada a poente, é um espetáculo imperdível. A igreja está datada do século XVIII.
Igreja de Santa Engrácia, Lisboa
A igreja foi fundada em 1568 pela ordem da Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I, mas do edifício original nada resta. Uma nova igreja foi erigida em 1663, num primeiro exemplar do barroco em Portugal, com vista desafogada sobre o rio Tejo. As obras só terminaram em meados do século XX, já como Panteão Nacional, e a demora das obras fez com que entrasse para o vocabulário popular como sinónimo de algo que demora bastante tempo (“Parecem as obras de Santa Engrácia”).
Capela de São Miguel, Coimbra
A Capela da Universidade de Coimbra é facilmente considerada uma das igrejas mais bonitas de Portugal. Remonta ao século XVI e acredita-se que foi construída sobre uma antiga capela do século XII, de estilo manuelino. O revestimento de azulejos da capela-mor data de 1613 e a nave foi revestida com azulejos vindos de Lisboa. A pintura do teto impressiona e é dos finais do século XVII.
Igreja de Santo Ildefonso, Porto
Em plena Praça da Batalha, a igreja de Santo Ildefonso foi reconstruída em 1730. As duas torres sineiras da fachada são o seu cartão-de-visita, assim como os azulejos das paredes, que retratam cenas da vida do Santo que lhe dá nome. A nave é de estivo proto-barroco, o teto em madeira e os alteres laterais alternam entre o neo-clássico e a talha rococó. Destaque, ainda, para o impressionante órgão de tubos, de 1811.
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