Se está a pensar visitar as ilhas da Madeira, mas não sabe muito sobre este destinos, temos o artigo certo para si.
Aqui vamos dar-lhe a conhecer as principais ilhas do arquipélago, as suas características, os seus principais atrativos e dizer-lhe tudo sobre como ir, o que ver e o que fazer.
Curioso? Então espreite o cartão de visita das ilhas da Madeira que preparámos especialmente para si.
O arquipélago madeirense é formado pelas ilhas da Madeira e de Porto Santo, pelas ilhas Desertas e pelas ilhas Selvagens. Do total das oito ilhas, apenas as da Madeira e do Porto Santo é que são habitadas.
A ilha carateriza-se pelo seu clima ameno, com temperaturas médias muito suaves, que rondam os 25° C no verão e os 17° C no inverno. A água do mar é também temperada, o que a torna num destino de férias apetecível em qualquer altura do ano.
Ilhas da Madeira: a natureza em estado puro
Porto Santo
Porto Santo é conhecida pelas suas praias de areia fina e dourada (e com propriedades terapêuticas) que convida a demorados banhos de sol e de mar. Mas, além da praia, a cidade de Vila Baleira guarda histórias e lendas que nos são contadas na Casa Museu, onde em tempos viveu Cristóvão Colombo. A beleza primitiva das paisagens encanta todos e convida-nos a passear ou a pedalar os vários atalhos e caminhos da ilha.
Selvagens
As ilhas Selvagens compreendem um conjunto de ilhas e ilhotas de origem vulcânica e muito agrestes. As temperaturas destas ilhas excedem as da Madeira e a temperatura do mar permanece estável durante todo o ano. Constitui, ainda, um importante reservatório de aves.
Desertas
As ilhas Desertas englobam três pequenas ilhas: o Ilhéu Chão, a Deserta Grande e o Bugio. Dado a sua origem vulcânica, nestas ilhas vai encontrar muitas cinzas de cor avermelhada e amarelada. É ainda uma importante reserva de lobos-marinhos, uma espécie em extinção. Existe também aqui um centro de nidificação de aves marinhas.
Madeira: chegar e explorar
Obviamente que a forma mais cómoda de chegar à capital da Madeira, o Funchal, é de avião. Pode fazê-lo, facilmente, a partir quer de Lisboa, Porto ou Faro. O arquipélago só dispõe de dois aeroportos: o Internacional da Madeira, situado no concelho de Santa Cruz, e o da ilha do Porto Santo. Durante o Verão, tem o ferry-boat que, uma vez por semana, faz a ligação entre a cidade algarvia de Portimão e o Funchal.
Para explorar a ilha da Madeira, pode alugar um carro, optar por um táxi, pelos transportes públicos ou pelo serviço Tuk Tuk Madeira. .
Para navegar entre ilhas, e na impossibilidade de encontrar voo direto entre o ponto de origem e Porto Santo, tem sempre a opção de viajar de navio cruzeiro que atraca no Funchal e que faz a ligação até à Vila Baleira.
Quais os pontos de visita imperdíveis na Madeira?
Funchal
Na capital da ilha da Madeira não deixe de conhecer o teleférico do Monte, os carros de cesto, o mercado de lavradores, a zona histórica em torno da rua Santa Maria e os jardins magníficos.
Piscinas naturais de Porto Moniz
Como que encurraladas nas rochas vulcânica, as piscinas de Porto Moniz atraem nos dias mais quentes inúmeros visitantes e revelam-se como uma parte importante daquela povoação, que acabou por se desenvolver em redor desta obra da natureza.
Entretanto, a intervenção humana melhorou as condições e acessibilidades, criando escadas, passadiços e várias infraestruturas de apoio aos visitantes, mas ainda é possível testemunhar que a essência ainda está lá e pode mesmo nadar no meio das lavas solidificadas das erupções vulcânicas que formaram a ilha.
Cabo Girão
O Cabo Girão é o maior promontório natural em Portugal. Admire as vistas magníficas sobre as fajãs cultivadas que é possível apreciar através do seu miradouro.
Estrada ER101
Quando visitar a Madeira perceberá um fator curioso: as estradas são muito diferentes das do Continente, pois apresentam muitas curvas e são, muitas vezes, bastante estreitas. E isso, apesar de apelar ao bom senso e cuidado de cada condutor, é, igualmente, um fator de grande beleza. A estrada ER101 é um excelente exemplo disso mesmo, já que passa por vários miradouros deslumbrantes e permite testemunhar de perto o modo de vida tradicional do povo madeirense, entre Santana e São Vicente.
Neste percurso, terá ainda a oportunidade de ver o miradouro do Véu da Noiva. Trata-se de uma queda de água que caía sobre a antiga estrada regional e um local que merece contemplação.
Curral das Freiras
Atualmente com acessos facilitados, aqui vale a pena usufruir sobretudo dos miradouros, como é o caso do Miradouro do Paredão e do Miradouro da Eira do Serrado.
Santana
Dirija-se ao Parque Temático da Madeira e fique a conhecer como eram por dentro as tradicionais casas de Santana. Vale a pena a visita, até porque ficará a perceber como viviam os habitantes locais em tempos de antanho.
Pico do Areeiro
Para os aventureiros, aqui irão encontrar o trilho PR1 – Pico Areeiro – Pico Ruivo, que vale a pena fazer, desde logo pelas vistas soberbas sobre a ilha.
Serra do Rabaçal e Paul da Serra
A sinuosa subida à Serra de Água, com as suas paisagens vertiginosas, vale a pena pelo destino: Paul da Serra e, um pouco mais à frente, a Serra do Rabaçal.
São locais onde é possível observar grande parte da ilha, assim como vislumbrar um campo eólico ali construído. Na Serra do Rabaçal existem ainda lugares incríveis para fazer caminhadas, nomeadamente na área das 25 Fontes e do Risco.
Pico Ruivo
O Pico Ruivo é o ponto mais alto da ilha da Madeira, logo vale a pena a caminhada pelo deslumbramento das vistas que vai alcançar.
Câmara de Lobos
Câmara de Lobos é uma povoação piscatória às portas do Funchal, ainda que hoje essa atividade não seja tão intensa como no passado.
Possui excelente restaurantes de peixe e maricos, bem tradicionais, como o é, aliás, toda a povoação.
Ponta de São Lourenço
A Ponta de São Lourenço localiza-se no extremo nordeste da Madeira e, para quem gosta de trilhos e caminhadas, é um dos pontos a não perder. A nossa sugestão recai no trilho PR8 – Vereda de São Lourenço, com 8 quilómetros de extensão – ida e volta, entre a Baía d’Abra até ao Cais da Sardinha.
Não é só mais um local para fazer uma caminhada… Foi na Ponta de São Lourenço que se diz ter atracado o barco de Gonçalves Zarco quando descobriu a Madeira.
Grutas e Centro de Vulcanismo de São Vicente
Visitando o Centro de Vulcanismo de São Vicente ficará a perceber o que é o vulcanismo e, particularmente, como se formou a ilha da Madeira. Além disso, poderá visitar as grutas, os túneis de lava por onde escorreu o material fluido expelido pelo vulcão e que se deslocou para o oceano. Absolutamente fascinante.
Jardim Botânico da Madeira
É um verdadeiro must see da ilha da Madeira, quer seja fã deste tipo de atrações ou não, pois ninguém fica indiferente aos famosos mosaicos de flores e arbustos do parque, que possui diversos pontos de miragem para o resto da ilha.
Ribeira da Janela
Em Porto Moniz, a Ribeira da Janela é uma pequena aldeia onde se situa o único parque de campismo da ilha.
Se optar por lá acampar, irá sentir-se como se aquele pedaço de ilha fosse apenas seu, tendo de frente dois ilhéus rochosos que marcam o final do vale que se inicia no Rabaçal.
O que mais fazer na Madeira?
Na Madeira, há programas para todos os gostos. Tanto que os podemos subdividir em quatro categorias: terra, ar, mar e caminhadas.
Terra
Escalada. Para quem adora adrenalina, e não sofre de vertigens, deve aproveitar as falésias do arquipélago, fabulosas graças à rocha basáltica.
Ar
Asa delta e parapente. Não há melhor forma de conhecer o arquipélago como esta: uma vista aérea sobre a ilha. Aí se conseguirá aperceber do maravilhoso maciço montanhoso central da Madeira, assim como da sua lindíssima costa marítima.
Mar
Mergulho. A Madeira é um dos melhores sítios para a prática deste desporto. Isto porque as suas águas temperadas e cristalinas permitem mergulhar nas suas reservas naturais e observar anémonas, corais negros, peixes (como meros, moreias ou mantas) e até lobos-marinhos, das focas mais raras do mundo. Há muitos locais para fazê-lo, porém recomendamos a Madalena do Mar, pois aí pode avistar o “Bowbelle”, o navio que ali afundou há alguns anos e que constitui hoje um recife artificial.
Caminhadas
Temos duas sugestões para si: Vereda da Ponta de São Lourenço e o Trilho do Pico Ruivo ao Pico do Areeiro.
O primeiro trata-se de um percurso pedestre de 4 quilómetros de extensão, por caminhos ondulantes, mas de boas condições, quer permite observar as paisagens de arriba da ponta Este da ilha.
O segundo une o Pico Ruivo e o Pico do Areeiro, os dois pontos mais altos da ilha da Madeira, com 1862 e 1818 metros de altitude, respetivamente. No total, são 7 quilómetros de caminhada por entre túneis, escadas, subidas e descidas, muitas vezes ao lado de precipícios, pelo que é um trilho a fazer apenas pelos mais experientes e sempre acompanhado.
A gastronomia da Madeira
A gastronomia das ilhas da Madeira é simples, mas cheia de intensidade, tal como o povo. Recorre-se, frequentemente, ao uso de diversos produtos regionais, de grande qualidade, que permitem a elaboração de um variado menu de especialidades gastronómicas.
Estando em pleno Atlântico, não é de surpreender que o peixe fresco e o marisco sejam pontos-chave e muito apreciados. Não deixe de provar a sopa de trigo, os filetes de peixe-espada preto, os bifes de atum acompanhados de milho frito, a espetada de vaca em pau de loureiro ou a carne de vinha d’alho. Um pouco por toda a ilha encontra restaurante habilitados a servir algumas destas delíciase para todas as carteiras.
E falar da gastronomia da Madeira implica, obrigatoriamente, falar da famosa e tradicional poncha. Uma bebida típica do concelho de Câmara de Lobos, mas conhecida e apreciada por toda a ilha e até no Continente. Sabe especialmente bem no verão com gelo, mas também pode ser consumida no inverno, pois contém muita vitamina C.
Existem vários locais para provar e para comprar, mas também pode fazê-la em casa e, para isso, atente à receita que partilhamos consigo.
Ingredientes:
- 1/4 litro de aguardente de cana-de-açúcar
- 4 colheres de sopa de mel de abelha
- Sumo de 2 limões
Modo de Preparação:
- Espremer os limões e misturar o sumo com o mel;
- Mexer tudo muito bem – de preferência com o pau típico da Madeira para mexer a poncha e que se chama “caralhilho”;
- Adicionar a água ardente aos poucos, mexendo sempre.
- Provar e, se necessário, adicionar mais mel ou aguardente, a gosto.
- Para tornar a receita um pouco menos forte, experimente adicionar o sumo de uma laranja. Ou maracujá.
De certeza que já está a marcar na sua agenda uns dias para visitar estas maravilhosas ilhas da Madeira, certo? São realmente uma tentação, pois tudo nelas vale a pena. Agora, já não parece difícil escolher o próximo destino das suas férias, certo?