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Ao contrário do que aconteceu durante um determinado período dominado pelas novas construções, nos últimos tempos temos assistido a uma tendência para a renovação do parque imobiliário nos centros da cidade, não só para fins turísticos e de alojamento local, mas também residenciais.
A localização destes espaços renovados acaba por ser um fator que encarece bastante os imóveis, tornando-os numa gama pouso acessível à classe média.
Vendas e preços dispararam no primeiro semestre
Representantes das três principais imobiliárias a atuar no nosso país – Remax, ERA e Century 21 – afirmam que houve um aumento bastante significativo de vendas no primeiro semestre deste ano, comparativamente ao mesmo período do ano passado. Em alguns casos o aumento chega quase a 45%.
Contudo, muitos dos negócios são efetuados com estrangeiros (cerca de 15% do volume total de negócios), que procuram imóveis nos centros urbanos de Lisboa e Porto, por exemplo. O aumento das vendas e a concentração do setor em renovações nos centros das principais cidades elevam os preços, tornando quase impossível o acesso ao mercado por parte da classe média.
Os agentes imobiliários concordam que a oferta não está a dar resposta à procura, o que resulta num aumento de preços superior ao desenvolvimento da economia nacional. As famílias de classe média são obrigadas a comprar casa nas periferias da cidade, porque as recuperações de imóveis nos centros das cidades tornaram o mercado praticamente inatingível.
Outro dos fatores que também tem contribuído para o crescimento das vendas e, consequentemente, encarecimento dos imóveis é o aumento da concessão de créditos bancários para a habitação para valores equivalentes aos do período anterior ao pedido de resgate e intervenção da Troika.
Segundo os representantes imobiliários a nível nacional, este crescimento tem tendência para continuar nos próximos tempos.
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