Quando se fala em peso e nutrição, uma das siglas mais comuns é o índice de massa corporal (IMC).
Esta sigla é utilizada em todo o mundo como um indicador rápido e prático para relacionar o peso e a altura e, posteriormente, detetar casos de magreza excessiva ou até mesmo obesidade.
Um pormenor importante que deve considerar ao calcular o seu IMC, é que não se trata de um ponto de partida para comportamentos depressivos ou dietas loucas.
Por isso, procure sempre a ajuda de especialistas (médicos, nutricionistas, personal trainers) e estabeleça um programa para o ajudar a alcançar os objetivos.
Índice de Massa Corporal: o que é
Trata-se de uma medida bastante simples que resulta de uma fórmula matemática.
O índice de massa corporal foi desenvolvido no final do século XIX por Lambert Adolphe Quételet, um astrónomo, matemático belga e sociólogo que decidiu em 1835, lançar uma obra na qual propôs um critério para verificar e analisar a proporcionalidade entre a massa corporal e a altura. Critério este que é atualmente utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para detetar possíveis alterações no peso de cada um de nós.
Apesar de ser um instrumento muito útil, é importante que não se foque só no índice de massa corporal, afinal existem algumas variáveis como o tipo de alimentação e condição física, que podem estar associadas.
Por isso, devemos olhar sempre para o índice de massa corporal como uma ferramenta de controlo.
Como se calcula
O índice de massa corporal é bastante fácil de calcular, basta que aplique a seguinte fórmula que relaciona o peso (Kg) e a altura (m)…
Peso (Kg) / Altura (m)^2
Deixamos um exemplo para que possa entender melhor: Se um indivíduo pesar 75 quilos e medir 1,70 metros, o cálculo deve ser o seguinte:
1º Calcule o quadrado da sua altura, isto é, 1,70 x 1,70 = 2,89;
2º Divida o peso pelo valor anteriormente calculado, ou seja, 75 / 2,89 = 25,95;
3º Obtenha o resultado do seu IMC, sendo neste caso, 25,95.
É importante que depois de calcular o seu índice de massa corporal, consulte a tabela de referência. O objetivo é dividir os diferentes valores de IMC por escalão, associando-os assim a um tipo de classificação. Pode consultar a tabela aqui e assim perceber onde se situa neste momento.
Tenha em atenção que esta tabela e respetivos valores são para adultos (do sexo feminino ou masculino), com idades compreendidas entre os 20 e os 65 anos.
Como interpretar os escalões do IMC?
Depois de calcular o seu índice de massa corporal (IMC), já sabe em que escalão se encontra.
Vamos descobrir como é feita a interpretação de cada um deles?
- Baixo peso (IMC inferior a 18,5): estes valores podem ocorrer em pessoas que tenham um distúrbio alimentar como a anorexia. Por vezes é comum também nos idosos, relacionado com o facto da existência de um transtorno do comportamento alimentar.
Quando se encontra neste escalão, é essencial que esteja atento e que converse com o seu médico. Poderá ser necessária uma intervenção atenta, com o intuito de aumentar o peso e ao mesmo tempo de repor alguns valores nutricionais que poderão estar fora do normal, como por exemplo no caso da presença de uma anemia; - Variação normal (IMC ente 18,5 e 24,9): estes valores são considerados os valores normais, associados ao peso ideal e claro, a uma probabilidade menor de incidência de doenças e complicações na saúde. Portanto, estes são os valores recomendados para que tenha uma vida equilibrada e saudável;
- Pré-obesidade e obesidade (IMC a partir de 25): estes valores indicam um excesso de peso acima daquele que é considerado o ideal. Neste caso, deve consultar o seu médico para que consiga perceber se é mesmo este o escalão em que se insere. Se, de acordo com o médico, for um destes o escalão ao qual pode estar associado, deve definir um plano adequado para si bem como as orientações que lhe forem dadas.
Que consequências podem estar associadas a um Índice de Massa Corporal acima de 25?
Um índice de massa corporal superior a 25 pode significar um excesso de peso ou obesidade. Por consequência poderá também estar associado ao aparecimento e desenvolvimento de algumas doenças como:
- doenças cardiovasculares (como a hipertensão arterial ou o enfarte do miocárdio);
- diabetes;
- doenças respiratórias (apneia do sono);
- dislipedemia (associado ao aumento do colesterol);
- depressão e ansiedade (que poderão levar a uma alteração do comportamento alimentar e claro, a uma baixa autoestima);
- doenças osteoarticulares (são exemplos as lombalgias e a limitação de mobilidade).
O que fazer para combater a obesidade?
Primeiramente, deve saber que a obesidade ocorre quando o número de calorias que ingere, é superior ao gasto. Ou seja, quando isto acontece, as calorias residem no organismo sob a forma de massa gorda podendo vir a afetar a sua saúde e bem-estar.
A obesidade, considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma epidemia, afeta a longevidade bem como a qualidade de vida.
Para que possa prevenir e combater a obesidade deve:
- ter conhecimento da roda dos alimentos e seguir as proporções que são recomendadas para consumo diário;
- conhecer o tipo de nutrientes que ingere de forma a priorizar os que são menos calóricos;
- comer várias vezes durante o dia, entre cada 3 a 4 horas;
- praticar exercício físico ou ter uma atividade física regular;
- manter um peso saudável, com a ajuda do seu médico, nutricionista e/ou profissional da área de fitness.