Inflação vs. Deflação. Estes dois termos económicos que muito assustam os especialistas em economia e consumidores e que em muitas ocasiões se confundem são, na realidade, fenómenos inversos. Contudo, há algo que os une, são igualmente nefastos para a economia. Antes de conhecermos as diferenças e consequências destes dois fenómenos económicos, descubra o significado de cada um.
Inflação — o que é?
A inflação é o resultado natural de uma economia de mercado (os preços mudam — sobem e descem) e caracteriza-se pela existência de um aumento generalizado e constante dos preços dos bens e serviços numa economia, ao longo de um determinado período de tempo, causada pelo aumento de moeda circulante. A inflação é calculada pelo Índice de Preços no Consumidor (a taxa de inflação é a variação deste item), sendo que o aumento anual dos preços de determinados produtos/serviços depende, precisamente, da variação da taxa de inflação. Existem quatro tipos de inflação: deslizante ou moderada; trotante; galopante; e hiperinflação.
Deflação — o que é?
A deflação caracteriza-se pela redução continuada e persistente (prolongada no tempo) do Índice dos Preços no Consumidor. As causas da deflação podem estar relacionadas com a redução da procura de determinados bens ou serviços, pela oferta excessiva, ou pelo menor volume de moeda circulante.
Inflação vs. Deflação: diferenças
A inflação é o contrário de deflação. Enquanto a inflação resulta numa diminuição do poder de compra, ou seja, com a moeda em circulação (euro no caso) passamos a comprar menos produtos ou serviços do que conseguíamos anteriormente (o euro passa a valer menos), na deflação dá-se um aumento do poder de compra. No entanto, desengane-se quem pensar que a redução dos preços só terá implicações positivas, especialmente a prazo. Conheça de seguida as consequências destes dois fenómenos económicos.
Consequências
Inflação: aumento dos custos dos bens e serviço; diminuição do valor de uma unidade monetária; diminuição do poder de compra; diminuição do nível de investimentos; diminuição dos níveis de poupança.
Deflação: queda prolongada dos preços; aumento no imediato do poder de compra, mas a prazo conduz a um período de estagnação (o comportamento racional de empresas e particulares é o de adiamento do consumo e do investimento) e especialmente aumenta de importância relativa, o valor das dívidas (baixa experiência dos consumidores em lidar com a baixa dos preços, agravada em Portugal onde o endividamento é alto).
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