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Demonstrar inteligência emocional numa entrevista de emprego pode marcar a diferença entre ser selecionado ou não para a oportunidade de trabalho em questão. Como fazer para ser emocionalmente inteligente e demonstrá-lo ao recrutador?
A inteligência emocional é a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e emoções, bem como as dos outros, e geri-la de forma adequada às situações sociais com as quais nos deparamos. Assim, esta capacidade é apontada como um dos fatores responsáveis pelo sucesso e/ou insucesso das pessoas em vários quadrantes da vida.
Como tal, se tivermos em conta que procurar, encontrar e manter um emprego depende em larga medida do exercício de competências sócio-afetivas, facilmente compreendemos que a inteligência emocional é essencial à gestão da carreira e da vida profissional.
Todo o processo de procura de emprego mobiliza competências relacionadas com a inteligência emocional, desde logo o auto-conhecimento, essencial para fazer um bom currículo, a capacidade de entender as emoções dos outros de forma a que se consiga ser persistente, mas não chato, e a capacidade de lidar com emoções menos positivas que possam advir de potenciais rejeições.
A importância da inteligência emocional no recrutamento
Uma entrevista de emprego é uma prova fundamental no processo de seleção por parte das empresas quando estas pretendem encontrar os candidatos certos para determinado trabalho. Termos a clara noção do que somos, do que valemos, e sabermos o que podemos oferecer, assim como ter consciência de que somos apenas mais um candidato entre muitos outros, é, por si só, uma demonstração de que somos emocionalmente inteligentes.
No mundo laboral de hoje não basta sermos bons no que fazemos. Existem pessoas com muito talento e grande capacidade para desempenhar determinados tipos de trabalho que deitam tudo a perder devido ao facto de não terem inteligência emocional, ou de não a saberem colocar em prática para benefício próprio.
Consequências da falta de inteligência emocional no processo de recrutamento
Saber usar a inteligência emocional pode ser determinante para o sucesso ou insucesso da entrevista de emprego. Já não saber usá-la pode colocar-nos muitas vezes em maus lençóis, pois significa expormos as nossas fragilidades a olho nu, além de termos mais dificuldade em demonstrar o que somos e o que valemos em todo o seu esplendor.
A falta de inteligência emocional numa entrevista de emprego atrapalha em todos os aspetos, e mesmo aquilo que pode ser interpretado como uma demonstração de sinceridade ou genuinidade, pode-se tornar um pouco constrangedor.
Como demonstrar inteligência emocional na entrevista
A capacidade de demonstrar inteligência emocional começa ainda antes da entrevista propriamente dita. Uma dica importante e que deve sempre ter em conta: tem tudo que ver com preparação.
Preparar os materiais atempadamente – preparar um CV, uma carta de apresentação, e um portefólio que sejam elaborados a pensar numa empresa e entrevista de emprego em específico;
- Pesquisar antecipadamente quem é o recrutador que nos vai entrevistar. Uma boa ferramenta para o fazer é o LinkedIn, sendo que uma pesquisa no Google ou Glassdoor também poderá trazer boas pistas;
- Contactar o recrutador previamente, caso tenha alguma questão pertinente a colocar. Escrever apenas por escrever poderá ser contraproducente. Poderá também contactar a empresa a confirmar o horário da entrevista, por exemplo.
Eis que chega o momento de se colocar à prova. Use estas estratégias para se sair bem:
Ouvir ativamente
Saber ouvir o outro sem o interromper. Esperar pela sua vez de falar demonstra inteligência emocional – interromper o outro constantemente denota impaciência e insegurança.
Fazer perguntas relevantes
Colocar questões pertinentes, na altura certa. Um processo de recrutamento pode ser longo e trabalhoso para quem o executa, por isso não será positivo que a outra pessoa fique com a sensação de que está ali para “encher chouriços”. Todo o tempo é valioso, por isso não faça perguntas desnecessárias, que não tenham relevância para o decorrer da entrevista, só porque quer dizer alguma coisa.
Ter noção do seu valor e saber transmiti-lo
Não se coíba de dizer o que já fez, o que tenciona fazer, e sobretudo o que sabe fazer. Muitas vezes damos por garantido que por algo estar escrito no CV significa que a outra pessoa o sabe de antemão, e como tal não é preciso nós voltarmos a dizer.
Justificar todas as respostas
Dê-se ao trabalho de dar respostas completas, afinal é o seu futuro que está em jogo. Prepare uma boa argumentação, assumindo que o recrutador estará interessado em todos os “como” e em todos os “porquê”.
Fazer contacto visual e sorrir
Fugir com o olhar causa desconforto na outra pessoa, e é normalmente um sintoma de que não está seguro de si e das suas emoções. Esboçar um sorriso sem forçar também é importante.
Não fazer referências negativas a anteriores empregos
Por muito que precise de exorcizar os seus demónios relativamente a más experiência anteriores, faça-o perante familiares e amigos, o recrutador não precisa de o saber. No contexto de um novo emprego, apresentar uma folha branca em relação a más experiências passadas é crucial.
Elogiar de forma adequada a empresa
Os elogios, bem usados, podem ser favoráveis. Elogiar de forma inteligente significa escolher acertadamente os momentos em que o faz, e a forma como os faz, sem parecer bajulador ou que está a “dar graxa”.
Agradecer a entrevista no final. Independentemente de como correr, fica sempre bem uma palavra de agradecimento, de valorização e apreço.
Não descure o pós-entrevista
A forma como lidamos e encaramos com o momento pós entrevista também pode ser revelador de inteligência emocional. Eis algumas coisas que deve ter em conta:
- Escrever um email de follow up, agradecendo a oportunidade mesmo que não tenha sido selecionado, demonstra que a entrevista foi importante para si, e sublinha a sua posição, além de que abre portas para futuras colaborações – é neste ponto que reside a maior manifestação de inteligência emocional;
- Perguntar ao recrutador o que correu bem e mal na entrevista. É sempre positivo pedir feedback, para se poder preparar melhor para futuras entrevistas;
- Guardar o contacto do recrutador para futuras oportunidades. Nunca se sabe o que o futuro reserva, e esse contacto poderá ainda vir a ser útil.
Alguém que seja emocionalmente inteligente conhece-se bem, sabe quais os seus pontos fortes e pontos fracos, e assume as suas necessidades de acompanhamento e aprendizagem quando tal é necessário.
Não “compra guerras” desnecessárias, e, por esse motivo, não aborda os recrutadores de forma reivindicativa, mesmo quando a oportunidade de emprego foi dada a outra pessoa. Sabe ouvir e dar respostas ponderadas e bem justificadas, estando disponível para dar e receber feedback.
Trabalhe a sua inteligência emocional e seja bem sucedido no processo de procura de novas oportunidades de trabalho!
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