Share the post "Investir em start ups portuguesas: saiba como avaliar o risco"
O termo start up não é novidade para ninguém e o sucesso destas empresas não acontece apenas além fronteiras. Se já pensou em investir em start ups portuguesas, conheça alguns pontos que deve avaliar antes de avançar.
Já todos ouvimos falar de casos de sucesso, motivo pelo qual há muita gente, de todas as idades, à procura de uma ideia inovadora para concretizar o sonho de independência financeira e revolucionar, simultaneamente, o percurso da sua carreira profissional.
Ainda que o risco esteja associado ao conceito de start up e é, por isso, importante avaliar esse risco antes de investir, lembre-se que quem não arrisca, não petisca. A Google e o Facebook são dois exemplos de start ups que se tornaram gigantes e já são várias as empresas nacionais a fazer parte das listas mais destacadas, pela faturação e criação de emprego, a nível europeu e global.
Continue a ler e saiba o que caracteriza estas empresas e como avaliar os riscos antes de investir em startups portuguesas.
Mas o que é afinal uma start up?
O conceito não é novo, mas a verdade é que nos últimos anos se tornou bastante popular. Esta palavra inglesa – start up – não tem tradução direta para português, mas o seu sinónimo pode ser empresa emergente. Ou seja, o seu conceito será – start – início de empresa e – up – com potencial de crescimento, de subir.
Estas empresas estão ligadas à tecnologia e criatividade através de uma visão diferenciadora de negócio em áreas inovadoras ou pouco exploradas. Em relação ao modelo clássico de empresa, as start ups têm um modelo mais fluído que se adapta às oportunidades que surgem no mercado.
Ainda que faça parte do conceito de start up a ideia de crescimento rápido, existe também a ideia de incerteza que envolve algum risco de investimento.
Resumindo, podemos definir uma start up como uma empresa que tem um novo conceito de mercado, com algum risco envolvido, é tecnológica e tem um potencial de crescimento elevado.
Investir em start ups portuguesas: em que ponto estamos?
O secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, afirmou, a 21 de outubro, durante um encontro com representantes de start ups portuguesas na Web Summit, que Portugal atingiu um patamar de investimento em start ups de mil milhões de dólares, mais cedo do que o esperado.
Citado pela Lusa, o secretário de Estado declarou ainda que “temos a ambição de duplicar todos os principais indicadores: número de start ups, número de postos de trabalho, de capacidade de atração de investimento”, considerando que já há “mesmo motivos para celebrar”.
Neste encontro foi também destacado o número de start ups avaliadas em mais de mil milhões de dólares, os unicórnios, que, per capita, nos coloca acima da França e da Alemanha e, em termos de valor absoluto, acima de qualquer outro país do sul da Europa.
Segundo André de Aragão Azevedo, Portugal deve continuar “a elevar a fasquia” de investimento e manter a aposta em empresas com “recursos humanos mais qualificados” e “modelos de negócio mais assentes no digital” para ter “uma economia muito mais competitiva, muito mais forte”.
A juntar ao otimismo transmitido pelo secretário de Estado para a Transição Digital, temos também o reconhecimento do Instituto Europeu da Inovação e da Tecnologia para a Península Ibérica que considera que Portugal se destaca na Europa como um dos países com um alto perfil na inovação digital e criação de empresas, lançando uma iniciativa para apoiar com um milhão de euros 20 start ups e scale ups.
Investir em startups portuguesas: como avaliar o risco?
Tendo em conta a natureza destas empresas, o investimento inicial é essencial para a sua criação. É este investimento que vai permitir as condições necessárias para impulsionar a start up.
Este investimento é, normalmente, mais elevado que nas empresas tradicionais. No entanto, numa start up, os lucros esperados são mais altos e imediatos.
Assim sendo, quem pretende lançar uma start up, para conseguir o investimento inicial, terá de recorrer a soluções bancárias ou convencer investidores a apostarem na sua ideia inovadora, utilizando acordos que implicam, por exemplo, a cedência de uma percentagem da empresa para que os investidores possam recuperar, através de lucros, o investimento que vão fazer.
É esta cedência de percentagem da empresa o atrativo principal para quem pretende investir em start ups portuguesas. Mas, ainda assim, é preciso avaliar antes de investir. Se este é o seu caso, saiba que o risco é sempre um fator associado às start ups. No entanto é possível fazer uma avaliação inicial, seguindo alguns pontos.
Autoavaliação
Faça uma refexão sobre as áreas que mais conhece e que áreas vão beneficiar dos seus conhecimentos e experiências para reduzir os riscos do investimento.
Equipa
Não basta ter uma boa ideia e um bom produto, saiba com quem vai trabalhar. Uma boa equipa é tudo para o sucesso de um projeto.
Pessoas experientes na área de atuação da start up é essencial, bem como pessoas resilientes e que procuram sempre as melhores soluções.
Dimensão do mercado
Compreender se há mercado suficiente para suportar uma empresa em crescimento e que possa trazer bons lucros aos investidores.
Nem sempre é possível fazer esta avaliação devido aos poucos dados existentes se se tratar de uma empresa com um produto/serviço disruptivo.
Tecnologia
O produto ou serviço deve centrar-se no cliente, deverá atender todas as necessidades e solucionar um problema de grande impacto na vida dos clientes.
Em relação ao produto, perceba o que o diferencia dos concorrentes e quais as razões para este ser melhor que o é geralmente procurado.
O interface também é importante. Não se esqueça que não basta solucionar o problema, é essencial que a sua utilização não apresente dificuldades de forma a manter o cliente.
Avaliação final
Obviamente que a avaliação de uma empresa é sempre um desafio, especialmente quando falamos em start ups porque o seu desempenho futuro é uma incerteza. Os empreendedores, nos seus planos de negócio, vão, tendencialmente, inflacionar os números para captar investimento.
Deve, por isso, o investidor avaliar as informações dadas e pesquisar para tomar uma decisão fundamentada antes de investir em start ups portuguesas.