O iodo deve ser ingerido regularmente com a alimentação pois ele é um oligoelemento vital para o organismo dos humanos. Pode ser encontrado em diversas formas químicas, mas as mais comuns são o iodeto, o iodato e o iodo elementar.
O iodo tem uma função vital na síntese das hormonas da tiróide. Estas hormonas, por sua vez, essenciais para o desenvolvimento dos vários órgãos, são especialmente importantes para o cérebro, coração, etc. A deficiência em iodo pode levar ao bócio e o seu excesso pode causar intoxicação.
Locais onde existe iodo
Podemos encontrar iodo nos peixes e no marisco pois o mar contém um teor de iodo considerável. Por outro lado, as plantas cultivadas em solos com deficiência de iodo são pobres neste elemento, assim como a carne e outros produtos animais que são alimentados com plantas pobres em iodo.
Em populações que estejam mais longe do mar, normalmente faz-se a adição do iodo ao sal alimentar. Adicionar iodo à água potável ou tomar suplementos com iodo são outros métodos para manter a dose de iodo diária controlada na população.
O iodo está presente em quantidades relativamente constantes na água salgada, mas a sua distribuição na terra e na água doce é desigual.
Carências de iodo
A dosagem mínima de iodo para que a tiróide funcione correctamente é de aproximadamente 200 microgramas por dia.
As necessidades de iodo do ser humano são variáveis de acordo com:
- A sua idade;
- O seu sexo;
- O estado gestacional pelo qual possa estar a passar;
- O período de lactação;
- O calor;
- Humidade da região;
- Hábitos alimentares.
Se as necessidades mínimas de iodo diárias não forem fornecidas podem ocorrer atrasos no desenvolvimento, quer cognitivo quer estrutural nas crianças e nos adolescentes.
O bócio é um dos mais comuns resultados da alteração das funções da tiroide. Acontece quando há uma queda de T4 e um aumento de TSH. Caracteriza-se por um aumento inicialmente difuso da glândula tiróide (e mais tarde bócio nodular). O bócio tende a progredir, aumentando de tamanho, no decorrer de anos de carência de iodo.
A carência crónica de iodo pode levar a retardo mental, atingindo tanto o feto como o recém-nascido, prolongando-se pela fase escolar, adolescência e fase adulta, levando as crianças a terem baixo rendimento escolar, dificuldade de adaptação social, incapacidade relativa de trabalho na vida adulta e mesmo a sérios problemas de escolaridade e aquisição de novos conhecimentos.
Estima-se que 1571 milhões de pessoas em 118 países estejam, atualmente, em carência iódica de maior ou menor grau.
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