O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), António Saraiva, afirmou que na reunião que teve com o ministro da Economia, nada foi falado no que toca ao aumento da taxa máxima do IVA.
No entanto, tendo em conta o que ficou acordado entre Portugal e a “troika” de gerar 410 milhões de receita extraordinária em sede de IVA, o presidente acredita que o caminho para atingir esse objectivo será além do já definido, passar produtos sujeitos à taxa reduzida – 6% e intermédia – 13% para a taxa máxima – 23%; também será necessário aumentar a taxa máxima para 24 ou 25%, pois é da opinião que esta é a única saída.
Se estas alterações se concretizarem, a verdade é que terão efeitos devastadores em vários sectores, o que vai levar muitas empresas a fechar as portas. Falamos, por exemplo, de conservas, leites, pão, produtos achocolatados, massas, etc.
Durante esta semana, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, pode ainda no debate do Programa do Governo no parlamento, anunciar medidas de caráter extraordinário, como já havia prometido na semana passada em Bruxelas, seja para apresentar novas medidas ou antecipar outras que já estivessem previstas.
Para já o que sabemos e o que nos vai afectar a todos nós como contribuintes, é já a partir de amanhã a transferência de alguns produtos da taxa reduzida e intermédia de IVA para o máximo, por isso, prepare-se para pagar mais, por exemplo, na factura de electricidade, nas bebidas e na restauração.
Veja também: como calcular o IVA.