Share the post "Se o mês de Janeiro não é o ideal para se despedir, então quando é?"
Desistir de qualquer emprego está longe de ser uma tarefa que se encare de ânimo leve, mesmo que esteja em jogo um grande peso que nos sai de cima dos ombros.
Talvez por isso mesmo é que, mesmo quando sentimos que está na hora de bater com a porta e rumar para outros portos, “hoje” nunca é a altura certa para o fazer. Amanhã, talvez.
A verdade é que quando nos decidimos a avançar com o despedimento, isso torna-se inevitável, por isso talvez seja aconselhável substituir a questão “mais cedo possível” com “fazê-lo na altura certa”. Como em tudo, tomar uma decisão precipitada poderá dificultar o processo. Por isso, assegure-se que escolhe a altura certa para se despedir.
É pouco importante se trabalhamos durante anos a fio nesse emprego, se odiamos o emprego, ou se queremos abandonar um emprego que acabamos de iniciar: escolher a hora e o dia certos para dizer ao nosso chefe que nos vamos despedir tem a sua importância.
Da mesma forma é também importante não se despedir na altura errada.
Porque é que o mês de Janeiro não é o ideal para se despedir?
Setembro é o mês do ano em que se registam mais contratações, por isso, é à partida mais favorável para ocorrerem despedimentos do que Janeiro.
Embora psicologicamente Janeiro signifique literalmente ano novo vida nova, a verdade é que não é de todo uma boa altura para se despedir – Setembro, altura da “rentrée”, marcada pelo final do verão e das férias grandes, que as empresas apostam em fazer as maiores mexidas nos seus cargos, é um mês bem mais favorável para o fazer.
Pelo contrário, em Janeiro, o primeiro mês do ano novo, é uma altura de maior competição entre as empresas, e deve-se procurar novo emprego nas alturas do ano em que a competição é menor.
De igual forma, segunda-feira de manhã é a pior altura da semana para se despedir, uma vez que é o dia mais movimentado da semana, onde a maioria dos nossos colegas de trabalho deverá estar ocupada a planear a semana que têm pela frente.
Acrescente-se a isso o facto de muitas pessoas estarem mal humoradas na segunda-feira de manhã, pois acabaram de sair de um fim de semana. Logo, apanhar um chefe mal humorado para o abordar com um assunto delicado como o é o do despedimento, poderá não ser boa ideia, se quiser evitar que esse momento fique comprometido, ou associado a más memórias.
Portanto, está encontrada uma potencial receita para o desastre: despedir-se na primeira segunda-feira de manhã de janeiro.
Independentemente das razões que nos levam a desejar efetuar um despedimento, é sempre boa ideia sair deixando uma impressão positiva perante todos os que nos rodeiam.
Então, qual é a melhor altura para se despedir?
A melhor altura para se despedir não é ditada pelo calendário, mas sim pelo timing da nossa carreira profissional. É o nosso próprio momento profissional, conjugado com o momento que a empresa vive, que nos pode ditar se se trata de um bom ou mau momento para avançarmos com o despedimento.
Se realmente sentirmos que já não podemos acrescentar mais nada àquele emprego nem ele a nós, e se sabemos o que queremos em relação ao próximo passo profissional a tomar, então qualquer altura é boa para nos despedirmos. Neste caso, não se justifica “esperar pelo melhor momento”, pois o momento é agora.
Fatores a ter em conta quando se despedir
A melhor altura para se despedir poderá ser quando já tem um plano b, ou seja, já tem planos em mente para o que fazer a seguir, seja rumar a um novo emprego, seja começar numa nova área profissional, seja ir estudar, tirar um período sabático, etc.
O facto de ter em mente um plano b, de saber para onde vai a seguir, revela que a sua vontade em se despedir é feita de inteira consciência, e não fruto de um momento menos bom que o levou a precipitar-se.
Outro fator a ter em conta é o “como” deixa o seu emprego. Sair durante o auge de um grande projeto poderá não beneficiar ninguém, na medida em que provavelmente irá deixar os colegas em apuros, e não será bem visto pelos outros.
A receita ideal para se despedir e sair da melhor maneira
O mais aconselhável será esperar pelas alturas em que se dá maior rotatividade e mudanças na empresa, o que poderá mudar consoante a área profissional de que estivermos a falar.
Dê ao seu chefe tempo suficiente para encontrar um substituto ou outra forma de colmatar a sua ausência, e quem sabe disponibilizar-se para ajudar nessa tarefa, ao preparar o seu sucessor para o cargo.
Embora nem sempre tal seja possível, é praticamente garantido que dessa forma irá sair pela porta grande.