Segundo as biografias, Jon Hunt é um empresário imobiliário britânico, mais conhecido como o fundador da agência imobiliária Foxtons. Dono de um império de investimentos, desde a restauração, aos clubes de cavalheiros da alta sociedade britânica. É sem dúv,da. um excêntrico por natureza.
Prova disso mesmo, é a sua paixão pela construtora automóvel italiana Ferrari. Jon Hunt é provavelmente, um dos maiores, se não mesmo o maior, colecionador de Ferraris da história.
Mas, como terá começado esta paixão?
“Para mim, os Ferrari são os derradeiros carros desportivos” – Jon Hunt
Esta frase é de um verdadeiro Ferraristi, um amante de tudo o que é Ferrari. Para Jon Hunt, cada modelo conta uma história e representa um pedaço da alma da marca de Maranello.
Mas desengane-se quem pensa que Jon Hunt trata os seus Ferrari como “garage queens”. Sempre que pode, leva-os a passear para sentirem o asfalto e “correrem” pelas estradas como se fossem verdadeiros cavalos.
E não é apenas um, nem dois na sua garagem, Jon Hunt faz questão de colecionar os mais emblemáticos modelos da marca, e que todos eles sintam esta liberdade e prazer de serem conduzidos.
Para Hunt, se não fosse assim, não valia a pena ter um Ferrari. Para ele, é “um crime” manter em casa este portento de automóvel.
Uma coleção Ferrari multifacetada
O seu primeiro Ferrari não foi um simples motor V8, os mais típicos da época, mas sim o Ferrari 456 GT V12 com motor dianteiro. E porquê?
“Eu já tinha quatro filhos na altura, assim conseguia que, pelo menos dois andassem comigo”, disse Jon Hunt numa entrevista enquanto dava a conhecer os mais recentes Ferrari da sua coleção, em 2018.
Depois do 456 GT V12, Jon Hunt aventurou-se e comprou um 275 GTB/4. Uma compra com uma pequena particularidade: comprou-o em pedaços, literalmente.
Encontrou o chassi na Escócia e o motor noutro lugar. Levou três anos para montá-lo, mas quando o finalizou, sentiu um orgulho imenso. Tinha um Ferrari “criado” por si.
A partir desta aventura, começou então a sua coleção de Ferraris. No auge da sua garagem, chegou a ter um raríssimo Ferrari 410, um 250 GT Tour de France, um 250 GT SWB Competizione e um 250 GTO.
Destes que citámos, o preferido de Jon Hunt era o 250 GTO.
Fácil de conduzir, apesar de ser de competição, e com um motor que fazia sentir um friozinho em cada aceleração. Foi a joia da sua coleção até dado momento. Sim, até dado momento, porque em 2010, Hunt vendeu a sua preciosa coleção…
Para Hunt, como dissemos, um Ferrari numa garagem é contra natura, tem de estar livre no asfalto, a cortar curvas e a acelerar com toda a potência nas retas.
Assim, e visto que a sua coleção era dedicada essencialmente a modelos clássicos, Hunt chegou à conclusão que vender era a melhor opção. Uma vez que não conseguia tirar partido dos modelos e não os conseguia conduzir com o tempo que desejava.
Filho de peixe sabe nadar
Mas este não foi o fim da história com a sua paixão. Quando os seus filhos mostraram interesse em colecionar Ferraris, Hunt não conseguiu evitar que o “bichinho Maranello” voltasse a falar mais alto.
Contudo, desta vez havia uma regra: a coleção seria focada apenas em modelos de estrada e não apenas de corrida. Porque, e nunca é demais repetir, os Ferrari são para conduzir e não para estarem parados numa garagem.
Atualmente, Jon Hunt não sabe ao certo quantos carros tem na sua coleção. Contudo, existem alguns Ferrari que faz questão de os dar a conhecer. São eles:
- 288 GTO
- F40
- F50
- Enzo
- LaFerrari
- 275 GTB
- 250 GT California Spyder LWB
Para Hunt, todos eles contam a história do cavalo rompante. Sendo que, ainda têm diversas particularidades que merecem ser partilhadas com os amantes da marca.
O Ferrari 288 GTO (1984) foi projetado por Leonardo Fioravanti. Apenas 272 unidades foram vendidas.
O F40 (1987), sucessor do GTO e projetado para comemorar os 40 anos da Ferrari, teve apenas 315 unidades fabricadas.
O F50 (1995), que comemorou 50 anos da casa de Maranello, só teve apenas 349 unidades disponíveis no mercado.
O Ferrari Enzo (2002) é um modelo baseado na iniciativa de corrida Maserati MC12 e recebeu o nome em homenagem ao fundador da empresa, Enzo Ferrari.
Já o LaFerrari (2014) é considerado um supercarro híbrido que combina um motor V12 de 6.3 litros com um motor elétrico que, em conjunto, gera 963 cavalos de potência. Dizer que, mal foi anunciado que estava a ser projetado, as 499 unidades produzidas já tinham dono.
o futuro da coleção de jon hunt
Para Hunt, o céu da Ferrari é o limite. Mas para lá chegar, Hunt quer duas coisas. Aumentar a sua coleção pessoal e a outra, e talvez mais complicada, conseguir comprar um Ferrari F50 GT. Complicada porquê? Porque só existem 3 no mundo!
Paralelamente a estes dois objetivos, Jon Hunt está a construir, em Londres, um museu para a sua coleção de carros. Para além dos seus Ferraris, quer expor carros conceptuais de Art Deco Franceses, outra das suas paixões.
No final, e para Jon “Ferrari” Hunt, tudo se resume à simplicidade do barulho dos motores e beleza dos chassis. Provavelmente, um sentimento por todos os colecionadores de carro do mundo!