Há vários tipos de iluminação, mas no mundo automóvel só há três géneros de lâmpadas dos faróis que deve ter em conta: as de halogéneo, xénon e, mais recentemente, LED.
Ninguém discute que os faróis do automóvel são fulcrais para a condução. Quer seja por questões de segurança, ou auxílio visual – para ver ou ser visto – são os faróis que permitem conduzir à noite. Mas tudo tem regras.
Não é raro encontrar condutores que apreciem modificações ou personalizações automóveis e que, no que em termos estéticos diz respeito, olham para as lâmpadas dos faróis como um dos primeiros aspetos a mudar, procurando atribuir ao automóvel um “look” mais elegante ou agressivo. No entanto, é imperativo perceber como e até onde pode mudar.
Segundo o artigo 59º do Código da estrada, as lâmpadas dos faróis não podem ser vermelhas. O seu tom costuma variar entre o branco normal, com tons mais ou menos azulados, até às tradicionais amarelas.
De acordo com o artigo seguinte, em termos de requisitos pode ler-se que as luzes de cruzamento (médios) têm de iluminar uma distância não inferior a 30 metros e as de estrada (máximos) não inferior a 100 metros.
Embora aquilo que as luzes dos faróis permitam ver seja importante, também é fulcral que as mesmas permitam que se reconheça tratar-se de um veículo à distância. Nesse sentido, as luzes de presença (mínimos) servem para garantir que o mesmo é visível a uma distância não inferior a 100 metros.
Na lei portuguesa, não é proibido fazer alterações aos faróis, desde que dentro deste registo. Luzes vermelhas, por exemplo, com a exceção dos “piscas”, que têm cor laranja, estão reservadas para a retaguarda do veículo. Já as luzes brancas só são permitidas na frente do automóvel.
Ainda segundo o Código da Estrada, pode incorrer numa contra-ordenação, se o veículo circular sem dispositivos de iluminação obrigatórios por lei, punível com uma coima de 60 a 300 euros.
Já se usar dispositivos não previstos por lei, os se as cores das luzes forem utilizadas de forma errada: vermelho para a frente e/ou branco para a retaguarda, a coima varia entre os 30 e os 100 euros.
Lâmpadas dos faróis: os diferentes tipos
Halogéneo
As luzes de halogéneo são, ainda hoje, as mais comuns. Apesar de a União Europeia ter proibido a comercialização deste tipo de luzes, abriu-se uma exceção à indústria automóvel.
Desse modo, são ainda as mais comuns nas estradas portuguesas. Têm uma potência de cerca de 55kw, duram em média 2.000 horas. Ou seja, resistem 83 dias sempre ligadas. No entanto, normalmente, só têm um alcance de iluminação de 60 metros.
Xénon
Este tipo de luzes tornou-se bastante popular no início da década 2000 e normalmente caracterizam-se por apresentarem um tom mais azulado. Uma vez que funcionam através de descargas gasosas, na prática as luzes Xénon emitem quase o tripo da luz das de halogéneo.
Porém, há relatos que indicam que o mau uso deste tipo de lâmpadas poderá ferir os olhos dos outros condutores.
Posteriormente, foram desenvolvidas as lâmpadas bi-xénon, que permitem, através de um único farol, aumentar ainda mais a luz emitida, sendo que a mesma pode ser ajustada automaticamente consoante a necessidade.
Em termos de características, salienta-se o facto de serem consideravelmente mais caras que as anteriores e de mais difícil manutenção (para trocar terá de pedir ajuda a um especialista). No entanto, conseguem iluminar facilmente até 90 metros de distância.
Outra das vantagens é o facto da expectativa média de vida ser o quase o dobro das de halogéneo.
LED
No que às lâmpadas diz respeito, as LED são a mais recente tecnologia e, por isso, as mais avançadas. São as que consomem menos energia, podendo poupar mais de 80%. Além disso, não necessitam de aquecer para funcionar, convertendo diretamente a energia elétrica em luminosa, através de micro-chips e, graças a isso, sendo menos propensas a fundir.
A luz LED é um produto amigo do ambiente, pois consome pouca energia e tem uma vida longa. A sua alta eficiência e baixo consumo fazem dela a lâmpada mais económica. Não obstante ser mais cara, a longo prazo compensa largamente.
Finalmente, em termos de alcance e duração, conseguem garantir a iluminação a quase 300 metros e têm uma longevidade de 25.000 horas, o que significa quase três anos de uso continuado.
As lâmpadas dos faróis LED têm ainda uma característica muito própria, uma vez que usam várias lâmpadas por farol.
De qualquer forma, o mais importante que se deve ter em conta em quaisquer lâmpadas de faróis é sempre a qualidade do equipamento.
Embora as luzes LED sejam teoricamente melhores do que as de halogéneo, por exemplo, é preferível uma boa lâmpada de halogéneo do que uma má de LED.