Luana Freire
Luana Freire
30 Dez, 2016 - 15:29

Laringite: como prevenir e tratar

Luana Freire

Na estação fria é comum o aparecimento da laringite, afetando em especial bebés e crianças até aos três anos. Conheça os tipos, as causas, e os tratamentos.

Laringite: como prevenir e tratar

Quando o frio toma o lugar das estações quentes do ano, é certo que aumentam as hipóteses de enfrentar doenças que atingem o sistema respiratório. Um dos quadros mais comuns é a laringite, que é frequente, sobretudo, em bebés e crianças até aos três anos de idade. Descubra como prevenir e tratar a doença, e saiba: o segredo é manter-se longe das gripes e constipações.

O que é a laringite

A laringite nada mais é do que uma inflamação da caixa vocal, a laringe, e está intimamente associada aos estados de rouquidão. Sendo a perda da voz um importante sinal da laringite, há um sintoma que é preciso ter em atenção: a doença pode mesmo obstruir as vias aéreas, impedindo o paciente de respirar naturalmente.

O problema, habitualmente, tem origem nos quadros de infeções virais, como por exemplo, as gripes e constipações – ou mesmo uma alergia respiratória. A laringite é muito frequente em bebés a partir dos três meses, e em crianças até aos três anos. Os médicos apontam que o seu pico de incidência está entre os 6 e os 24 meses.


Causas

  • Infeções virais no trato respiratório;
  • Bronquites;
  • Gripes;
  • Pneumonias;
  • Alergias respiratórias;
  • Inflamações das vias respiratórias superiores;
  • Sinusites crónicas;
  • Uso excessivo das cordas vocais;
  • Fumo;
  • Ingestão abusiva de álcool;
  • Refluxo gastroesofágico.

Sintomas

  • Tosse;
  • Rouquidão;
  • Febre;
  • Pigarro;
  • Dor de garganta;
  • Dificuldade para engolir;
  • Dificuldade para respirar
  • Congestão nasal.

Como prevenir

Para prevenir a laringite, o principal conselho é evitar os quadros de infeções das vias respiratórias superiores, como acontece durante a época das constipações e gripes.

Dicas:

  • Evitar espaços fechados e com pouca circulação de ar;
  • Arejar os cómodos da casa diariamente;
  • Não frequentar ambientes muito concorridos, como os centros comerciais;
  • Beber um sumo de laranja todos os dias;
  • Evitar o contacto direto com quem está constipado.


Como tratar a laringite

Durante o tratamento de um quadro de laringite o paciente deve poupar as cordas vocais e descansar a voz. Para reduzir os sintomas, o doente pode recorrer ao uso de analgésicos prescritos pelo médico, bem como descongestionantes nasais que aliviem as vias respiratórias superiores. A utilização de um humidificador pode ser benéfica para combater a sensação de garganta seca.

Nos casos em que a laringite provoca uma insuficiência respiratória grave, o doente deve ser encaminhado ao médico especialista, que poderá administrar corticoides e adrenalina para diminuir os sintomas e aliviar a respiração.


Quando ir ao hospital

Um quadro comum de laringite, que não apresente sintomas mais graves no doente, resolve-se habitualmente em até dois dias. No entanto, caso os sintomas da doença incluam dificuldade para engolir ou respirar, tosse ininterrupta e chiado ou apito no peito, deve-se procurar assistência médica. Nos bebés, a salivação exagerada também é um indicador de que o médico deverá ser avisado.



Laringite estridulosa ou crupe

Este é, provavelmente, o tipo de laringite que mais preocupa os pais, por ser bastante comum em bebés crianças até aos três anos. A laringite estridulosa – ou crupe, é uma inflamação de origem viral, que afeta ao mesmo tempo a laringe, a traqueia e a epiglote. O seu sinal mais claro é a tosse rouca, mas conhecida como “tosse de cão”.

Este quadro de laringite, habitualmente, resolve-se em até três semanas e a orientação é reduzir os incómodos, tal como numa gripe. Contudo, a crupe pode provocar uma inflamação intensa nas vias aéreas e tornar a respiração numa tarefa difícil de executar.

Se a criança apresentar chiado ao respirar, tosse intensa, dificuldade para respirar e alimentar-se, incapacidade de chorar, sonolência e febre alta, é aconselhável procurar orientação médica. Estes são sintomas de gravidade que devem ser avaliados com urgência.

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