Ler é um prazer único, insubstituível. É uma viagem sem sair do sítio, uma forma de nos encontrarmos, de nos perdermos, de sonharmos, de nos formarmos.
Por isso, oferecer livros é sempre uma excelente solução, não só quando nos faltam ideias, mas principalmente quando queremos deixar uma marca duradoura em alguém.
Há livros de todos os tamanhos e feitios. Há livros novos e usados. E a estes últimos pode ser dada uma nova vida, quem sabe depois de já terem transformado o destino de um desconhecido.
Assim, fique com as nossas sugestões para livros que pode comprar (para ler ou para servir de prenda), numa colaboração entre o Ekonomista e a Bookmaniacs.
Espólio em vida (Robert Musil)
Em 1936, Musil decide publicar uma colectânea de textos vários. Trata-se de pequenos contos, ensaios, observações fragmentárias, que evidenciam uma grande unidade, ao serem percorridos por um fio de ironia satírica e estruturados com soberana mestria como experimentações literárias que desestabilizam os modos de percepção correntes e obrigam o leitor a questionar o seu modo de ver o mundo
As serpentes cegas
Nova Iorque, 1939. Um misterioso homem de vermelho persegue Ben Koch, para saldar uma conta antiga que lhe resta de um passado a que ele queria escapar. Mas o caminho de ambos irá cruzar-se com o espectro de Curtis Rusciano, um líder comunista que marcou a vida de Ben de maneira decisiva. Uma obra marcante, que mostra o idealismo político a ser violentamente sepultado pela traição, o desencanto e o totalitarismo.
Perto do coração selvagem
(Clarice Lispector)
Escrito em 1944, Clarice Lispector dá-nos a conhecer Joana. Ambas, autora e protagonista, eram forças divergentes, porém não dissonantes, já que introduziam uma nova musicalidade, uma harmonia própria, poética e triunfal, na aspereza circundante, enquanto buscavam “o centro luminoso das coisas” sem hesitar em “mergulhar em águas desconhecidas”, deixando o silêncio e partindo para a luta.
Estilhaços (Adolfo Luxúria Canibal)
(…)Acabamos por acordar num livro com as letras das canções feitas para os Mão Morta e demais bandas em que participei ou com quem colaborei e uma selecção de crónicas recentes redigidas para o Independente e a Antena 3. Mas também com a reprodução de alguns manuscritos… Onde raio que eu ia desencantar manuscritos?(…) in Prefácio, Adolfo Luxúria Canibal