Catarina Reis
Catarina Reis
10 Mar, 2019 - 09:00

Conheça as 10 maiores fundações do país

Catarina Reis

A Forbes acaba de publicar quais são as maiores fundações do país neste preciso momento. Consulte a referida lista e atualize-se sobre este assunto.

Conheça as 10 maiores fundações do país

Estima-se que no momento presente estejam cerca de seiscentas fundações no ativo em Portugal. Quais as maiores fundações do país? Fique a conhecê-las.

Fique a conhecer as 10 maiores fundações do país

As 884 fundações existentes neste momento em Portugal são detentoras de um património que chega já aos oito mil milhões de euros e traduzem-se em postos de emprego para pelo menos cerca de 18 mil pessoas.

Com recurso a seis mil milhões de euros de capitais próprios, as fundações em Portugal gerem mais de nove milhões de euros em ativos. Vamos conhecer as maiores fundações do país neste momento e desbravar o terreno por onde se movem, de modo a retratar o perfil, caraterísticas e dimensões do sector fundacional português.

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Conheça as maiores fundações do país neste momento

Segundo a Forbes, estas são as dez maiores fundações portuguesas na atualidade.

1. Fundação Calouste Gulbenkian

Criada em 1956, detém 2,8 milhões de euros em fundos próprios. É a rainha das fundações portuguesas, e está entre as maiores quarenta do mundo, facto a que não é alheio ter obtido um rendimento médio anual de 8,3% nos últimos anos.

O modo como é gerida também assume um papel importante na sua ascensão –  até 2013, foi gerida por entidades externas especializadas, que lhe davam margem de manobra na tomada de decisões de gestão.

2. Universidade do Porto

Reconhecidamente a maior universidade de Portugal, a sua fundação foi criada em 2009, com fundos próprios na ordem dos 503 milhões de euros. A Universidade do Porto como Fundação tem no orçamento do Estado a sua mais significativa fonte de financiamento. É uma fundação pública de direito privado, que goza de autonomia estatutária, pedagógica, científica, cultural, administrativa, financeira, patrimonial e disciplinar, o que lhe permite criar ou participar em associações ou sociedades, com ou sem fins lucrativos, cujas atividades sejam compatíveis com a sua missão.

3. Fundação Champalimaud

Criada em 2004, com fundos próprios de 425 milhões de euros, dedica-se a estimular descobertas que beneficiem as pessoas através de investigação científica em áreas de ponta, como no campo da biomedicina. O Centro Champalimaud é agora um marco, não apenas na paisagem ribeirinha de Lisboa, mas também no mapa da ciência internacional. Em 2012, o Centro foi eleito pela revista norte-americana “The Scientist”, como o melhor local, fora dos Estados Unidos da América, para investigadores desenvolverem o seu trabalho de pós-doutoramento.

A Fundação Champalimaud é também líder em soluções cirúrgicas inovadoras, como é o caso da cirurgia robótica, procedimentos laparoscópicos e microscópicos, e trabalha com alguns dos melhores cirurgiões em todo o mundo. O seu Centro Cirúrgico, inaugurado em maio de 2016, é uma unidade de vanguarda e uma referência na abordagem cirúrgica minimamente invasiva.

4. Fundação Oriente

Criada em 1988, com fundos próprios de 262 milhões de euros,  faz parte do grupo das 20 maiores fundações europeias e é membro fundador do European Foundation Centre. A fundação Oriente é um símbolo da relação que outrora Portugal teve com Macau, tendo sido instituída pela Sociedade de Turismo e Diversões de Macau como uma contrapartida imposta por Macau à concessão em regime de exclusivo da exploração do jogo naquele território até 31 de Dezembro de 2001.

Em Portugal, a Fundação Oriente liderou o processo de criação do Centro Português de Fundações que viria a ser constituído em 1993, em parceria com a Fundação Eng. António de Almeida e a Fundação Calouste Gulbenkian.

5. Universidade Nova de Lisboa

Criada em 2017, com fundos próprios de 188 milhões de euros, é um dos mais recentes exemplos de transformação de uma instituição de ensino superior público numa fundação, colocando o seu foco em contribuir para o crescimento, desenvolvimento sustentável, bem-estar e solidariedade social. Assim a Universidade Nova de Lisboa passou a poder criar carreiras próprias para pessoal docente, investigador e não só, além de aproximar os regulamentos internos dos princípios subjacentes à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.

6. Fundação da Casa de Bragança

Criada em 1933, com fundos próprios de 146 milhões de euros, é na venda de cortiça que a Fundação tem a sua maior fonte de receita, que  nasceu por vontade de D. Manuel II um ano após a sua morte, com o intuito de preservar intactas as suas colecções e todo o património da Casa de Bragança. Paralelamente à sua atividade relacionada com a cortiça, a Fundação tem uma componente agrícola muito forte, bem como a exploração florestal.

As propriedades agrícolas e florestais da FCB situam-se no Alentejo, distribuindo-se por 13 concelhos, e ainda nos concelhos de Ourém e de Esposende. A maior concentração verifica-se no concelho de Vendas Novas, seguido pelos concelhos de Estremoz e de Portel.

7. Fundação Luso Americana

Criada em 1985, com fundos próprios 144 milhões de euros os 85 milhões de euros que o Estado usou para dotar esta fundação no seu lançamento tiveram origem num acordo entre Portugal e os EUA, de 1983, que teve como base a utilização da Base das Lajes, na ilha Terceira. O objectivo da fundação é promover as relações entre Portugal e os Estados Unidos, visando, o desenvolvimento económico, social e cultural português, com especial enfoque nos Açores.

8. Fundação Inatel

Criada em 2008, com fundos próprios de 131 milhões de euros, esta fundação surgiu em substituição do extinto Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores.

9. Fundação Bissaya Barreto

Com data de criação 1958, e fundos próprios na ordem dos 127 milhões de euros, esta fundação tem como missão contribuir para a promoção da população da região centro do país.

10. Fundação Casa da Música

Criada em 2006, detentora de fundos próprios de 115 milhões de euros, foi criada apenas com  3,1 milhões de euros, ao contrário dos 10 milhões de euros prometidos na altura pelo Governo de José Sócrates.

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