Para a maioria dos motociclistas, as motos são um estilo de vida que lhe dá mais liberdade na forma como se deslocam. Os portugueses mostram-se, cada vez mais, apaixonados pelos veículos de duas rodas, levando a que o sector dos veículos de duas rodas, triciclos e quadriciclos cresça de ano para ano. Entre as marcas de motas mais vendidas em Portugal a Honda continua a ser a marca preferida dos portugueses.
De acordo com os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) foram vendidos 19.762 motociclos, o que represente um crescimento de 12,3% face ao ano passado, quando foram colocadas no mercado 17.604 novas motas.
Ranking das marcas de motas mais vendidas em Portugal
A Honda mantém a primeira posição que já detinha do ano anterior. A marca nipónica vendeu 5.840 novas motas no mercado nacional, sendo que o modelo mais vendido foi a Honda PCX, com uma cilindrada de 125 cm3. Só deste modelo foram matriculados 2.384 veículos de duas rodas. A fabricante tem uma gama alargada de motas o que permite chegar a todos os nichos de mercado e assim deter um peso importante no comércio de motas em Portugal.
Na segunda posição do ranking das marcas de motas mais vendidas acelera a Yamaha. A marca japonesa vendeu 3.022 unidades, com o modelo NMAX 125 a liderar as vendas com 826 motas matriculadas.
A Keeway, que ocupa o terceiro lugar, conseguiu vender 2.192 unidades, com o modelo Superlight 125 a contabilizar perto de mil unidades vendidas.
Na quarta posição surge a SYM que comercializou 1.462 motociclos, com destaque para o modelo Wolf 125 que vendeu 328 unidades.
A alemã BMW surge na quinta posição elevando a fasquia em termos de cilindrada. O modelo mais vendido foi a BMW R GS, com 1.200 de cilindrada, que matriculou 519 unidades. No total, ano passado, a BMW vendeu 1.147 motociclos.
O ranking das 10 marcas de motos mais vendidas em Portugal é ainda composto pela Piaggio, Kawasaki, Suzuki, KTM e Kymco.
Sector das motas em crescimento
Numa breve análise sobre o mercado das motas, Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP, explica ao E-Konomista que “tal como sucedeu com o mercado automóvel, após um período de sucessivas quebras em consequência da crise económica e financeira que o país atravessou, o sector dos veículos de duas rodas, triciclos e quadriciclos entrou numa fase de recuperação que nos parece ser sustentada”.
O secretário-geral da ACAP realça ainda que são as características destes veículos, que permitem ao condutor descolar-se rapidamente por um custo por quilómetro muito reduzido, “que originam uma forte adesão dos consumidores nacionais a esta forma de mobilidade, tal como sucedeu noutros países do sul da Europa como Espanha e Itália”.
Faltam incentivos à utilização de motas
Em relação à legislação portuguesa, Hélder Pedro defende que parece “equilibrada”, no entanto, a o responsável pela associação acredita que “deveria existir mais incentivos à deslocação regular neste tipo de veículos, nomeadamente, nos grandes centros urbanos, através da facilitação do estacionamento e da deslocação em corredores bus.”
De acordo com a ACAP, as perspectivas de crescimento do mercado de motas para 2017 são positivas. “Pensamos que com a forte apetência dos consumidores para esta alternativa de mobilidade e com a realização do Lisboa Motoshow (5 a 9 de Abril de 2017, na FIL) o mercado irá continuar a crescer, perspectivando-se um forte ano de vendas”, conclui Hélder Pedro.