Durante a gravidez, ter uma alimentação saudável é de extrema importância e uma das grandes preocupações das grávidas durante os 9 meses de gestação diz respeito aos hábitos alimentares a adotar, em especial ao nível do consumo de determinados peixes. A ingestão de raia, polvo e marisco é uma das grandes preocupações das futuras mães. Mas qual é, afinal, o efeito do marisco na gravidez?
Alimentação na gravidez
Existem muitos mitos e ideias falsas acerca da alimentação durante a gravidez. Vamos tentar esclarecer alguns deles, consoante o trimestre de gestação.
1º Trimestre de gravidez
Nos primeiros três meses, a alimentação não é assim tão diferente. Importa, antes de mais, planear uma alimentação variada e saudável, com mais enfoque na qualidade e não na quantidade.
Mais importante do que aumentar a ingestão calórica durante a gravidez, é saber escolher os alimentos que permitem assegurar as necessidades nutricionais. Não é por comer em muita quantidade que o bebé se irá desenvolver melhor.
Importa não esquecer que as necessidades da grávida estão aumentadas para alguns nutrimentos e alguns tipos de alimentos, sobre os quais deve procurar aconselhamento médico.
2º e 3º Trimestres de gravidez
Nestes trimestres mais exigentes, é importante manter as recomendações do primeiro trimestre e reforçar alguns grupos de alimentos de acordo com a indicação médica que é dada à gravida.
Será que deve evitar o marisco na gravidez?
São vários os cuidados a adotar na gravidez a fim de evitar possíveis complicações, como a anemia, a hipertensão e a diabetes gestacional, infeções, entre outras. Uma grande parte dos cuidados mais falados diz respeito ao consumo de determinados peixes e ao marisco.
O metilmercúrio é um contaminante ambiental que está presente, em especial, nos produtos de pesca. É tóxico para o sistema nervoso e para o cérebro do bebé que está ainda em pleno desenvolvimento. Assim, durante a gravidez, a exposição a esta substância é uma fonte de preocupação.
Comer peixe é saudável, é importante para uma dieta saudável, já que fornece inúmeros nutrimentos para a saúde cardiovascular e para o desenvolvimento fetal. Os peixes ricos em metilmercúrio (por exemplo, peixe-espada e espadarte) devem ser evitados, pelo menos em doses consideradas tóxicas.
Outra grande preocupação prende-se com a ingestão de marisco na gravidez e a sua possível associação a determinadas infeções. Há um grande número de doenças que podem ser provocadas por micro-organismos (por exemplo, bactérias, vírus e fungos) presentes nos alimentos. São situações pouco frequentes, no entanto, nenhuma grávida está disposta a arriscar a sua saúde e a saúde do seu bebé.
A ingestão de marisco na gravidez deve ser feita de forma cuidadosa para evitar estes possíveis problemas. Os mariscos, aliás, tal como as carnes, os peixes e os ovos devem ser bem cozinhados.
O contacto dos alimentos crus com os cozinhados deve ser evitado. Uma boa dica para facilitar esta organização pode ser arrumar no frigorífico os alimentos cozinhados numa prateleira diferente dos alimentos crus.
Como conclusão
A ingestão de marisco na gravidez é uma grande preocupação, mas tal não significa que as grávidas tenham que banir totalmente o marisco da sua alimentação.
O marisco cru pode albergar bactérias que podem fazer mal ao bebé e, portanto, esse sim deve ser eliminado da alimentação da grávida.
Em suma, a maioria do marisco e dos peixes é segura para a grávida e pode ser incluída na sua alimentação. Contudo, é importante que a grávida garanta a qualidade dos mesmos e assegure que são devidamente confecionados, de forma a evitar uma possível intoxicação alimentar.
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