O primeiro Mazda MX-5 foi apresentado ao mundo há 34 anos. Corria o mês de fevereiro do ano de 1989.
Para além da popularidade que granjeou em todo o mundo, este é já o roadster mais vendido da história automóvel. Rapidamente se transformou num ícone e quem já o conduziu pode afirmar: é um vício.
Se aos verdadeiros apreciadores de automóveis pedirmos para escolher uma lista dos carros da sua garagem de sonho, certamente o Mazda MX-5 será o carro mais barato dessa garagem, mas garantidamente figurará entre a grande maioria das escolhas. E porquê?
Porque o Mazda MX-5, além do elegante design e das formas compactas, é animado por motores “raçudos” que se deixam ouvir na sua rouquidão, entusiasmam quem vai ao volante e deixam enciumados todos aqueles que de fora, numa qualquer rua ou estrada, vêm passar o pequeno descapotável esbanjando todo o seu charme.
O que faz manter a chama do “desejo” pelo Mazda MX-5 é a simplicidade que mantém desde a primeira geração, até à atualidade.
Nos mais de 30 anos de produção, as formas foram sendo apuradas e atualizadas às exigências da moda do design automóvel, isto quanto à estética exterior.
Já no pequeno habitáculo, apenas com espaço q.b. para acomodar duas pessoas (condutor e passageiro), a simplicidade, ergonomia e qualidade de materiais vai fazendo a diferença, mantendo intacto o ADN da primeira geração.
Ao longo das quatro gerações conhecidas deste descapotável foram vendidos em todo o mundo mais de um milhão de exemplares distribuídos por duas carroçarias: soft top e RF (retractable fastback).
Mazda MX-5: 34 anos de história
Mazda MX-5 Miata (EUA); Eunos Roadster (Japão) e Mazda Roadster (Japão) são os nomes alternativos pelo qual o Mazda MX-5 Europeu é conhecido.
Desportivo, de motor dianteiro e tração traseira e vulgarmente conhecido como Mazda Roadster, é produzido desde 1989 na fábrica da Mazda em Hiroshima e teve o lançamento oficial no Salão de Chicago (EUA), naquele ano.
O popular modelo segue a filosofia de design lançada pela Mazda “Jimba Ittai”, que significa a união entre cavalo e cavaleiro e que se traduz numa das suas principais características que é o porte, a leveza, dinâmica e a simplicidade.
Inspirado nos desportivos ingleses e italianos dos anos 50 e 60, o MX-5 mantém até hoje o legado de sucesso que se traduz ainda num elevado prazer de condução e sensação de liberdade de quem vai ao volante.
Mazda MX-5: quatro gerações, duas carroçarias
A concepção do MX-5 integra, desde 1989 até à atualidade, quatro gerações designadas pelos códigos: NA (1989-1997); NB (1998-2005); NC (2005-2015) e ND (2015 até ao presente).
Durante estes 30 anos de comercialização, o pequeno desportivo conhece apenas dois tipos de carroçaria: roadster, com soft top e a mais recente RF (retractable fastback), com um tejadilho rígido retrátil. Descubra-as aqui.
As gerações mais recentes dão resposta ao design KODO – Alma em Movimento, que atrai os sentidos de quem viaja no MX-5, contrastando assim com a primeira carroçaria com soft top, que apelava à evasão com os cabelos ao vento.
Seguindo este novo conceito, a Mazda criou um desportivo diferente: um “MX-5 com uma capota rígida totalmente elétrica, elegante estilo fastback” (…) e um interior luxuoso. Este é um novo tipo de experiência de condução a céu aberto e divertida, e mudará a sua forma de sentir com um simples toque de botão”, referem os responsáveis da Mazda.
Motores entusiasmantes
Uma das características que estão associadas ao sucesso deste roadster são os motores, com sonoridades entusiasmantes e curiosamente sempre a gasolina.
A motorização original, um bloco 1.6 litros, de quatro cilindros em linhas e DOHC, disponibilizava 115 cv às 6.500 rpm e 136 Nm às 5.500 rpm.
Em 1994, este motor foi substituído pelo mais potente 1.8 litros que fornecia 128cv e 150 Nm de binário, mas mesmas configurações de rotações do motor 1.6 litros. Valores atualizados, mais tarde, em 1996, para 132 cv e 155 Nm.
Na segunda geração, a Mazda continuou a usar esta última configuração de motor, com a introdução de algumas melhorias ao nível de compressão e introdução de um coletor de admissão variável (Variable Intake Control System). O motor 1.8 litros passa a disponibilizar 140 cv e um binário de 157 Nm.
No ano de 2001, a segunda geração sofre um “facelift” estético, mas mantém a mesma disponibilidade mecânica, que em 2004-2005, sendo apenas reforçada com a introdução de uma variante turbo, que atingia os 178 cv e os 226 Nm de binário. Mais cavalos, mais potência igual a mais gozo na condução.
Com a terceira geração do MX-5, a marca disponibiliza duas motorizações. O bloco 2.0 litros denominado MZR LF-VE e um motor 1.8 litros MZR L8-VE. Ambos de quatro cilindros em linha com 16 válvulas DOHC.
O LF-VE atingia os 158 cv e 188 Nm de binário, enquanto 1.8 litros L8-VE produzia 126 cv e 167 Nm de binário e estava acoplado a caixa manual de 5 velocidades, enquanto o mais potente estava disponível com caixa manual de 5 ou 6 velocidades e ainda com caixa automática de 6 velocidades.
Quando equipado com caixa manual de 6 velocidades, a Mazda oferecia a possibilidade de escolha (na lista de opcionais) de um diferencial de deslizamento limitado.
A terceira geração sofreu ainda algumas alterações (no ano de 2008) estéticas e acertos na mecânica que ficou mais agressiva.
O motor passa a disponibilizar 167 cv às 7.000 rpm e o binário subiu para 190 Nm às 5.000 rpm. O red line surge agora às 7.500 rpm. Mais adrenalina, mais entusiasmo, mais divertimento.
Motores SKYACTIV na 4.ª geração
A chegada da quarta geração traz novidades não só estéticas, quer no exterior, quer no habitáculo, como também ao nível de motores.
O MX-5 passa a receber a eficiente família de motorizações SKYACTIV, presentes também nos restantes modelos da marca.
As duas opções são um bloco 1.5 litros e um mais potente 2.0 litros que utilizam tecnologia de injeção direta, e mantém as mesmas configurações das gerações anteriores: quatro cilindros em linha, 16 válvulas e DOHC.
A versão 1.5 litros gera 129 cv. O modelo 2.0 litros alcança os 155 cv às 6.000 rpm e 201 Nm de binário às 4.600 rpm. A acompanhar estes motores estão duas transmissões de 6 velocidades, uma manual e outra automática.
Para os MX-5 que chegaram ao mercado em 2019, registaram-se igualmente alterações de índole mecânica, com o motor 2.0 litros a chegar aos 181 cv e aos 205 Nm de binário.
Outras alterações verificam-se no design, com vista a tornar o pequeno desportivo mais confortável e moderno.
Quanto a segurança o teste Euro NCAP atribui ao MX-5 4 estrelas.
Edição 30th Anniversary do Mazda MX-5
Para comemorar os 30 anos do modelo, a Mazda lançou a versão 30th Anniversary, numa edição limitada a 3 000 exemplares numerados, e disponível apenas na cor Racing Orange, com jantes em alumínio forjado a negro.
Para reforçar a exclusividade desta versão, o habitáculo estava marcado por detalhes com acabamento na cor laranja que surge nos revestimentos das portas e tablier, bancos e seletor da caixa de velocidades.
Para tornar a condução ainda mais especial, nada como ter um som à altura. E se o do motor cativa desde logo pela exuberância, o som no habitáculo pode ter a assinatura da Bose e incluir nove colunas, para deleite sonoro, nos passeios em dia de chuva, que não permitem desfrutar da sonoridade do motor, no modo descapotável.
O que atrai tanto neste automóvel é a forma como se conduz, a mística sui generis e a excelência do comportamento, em paralelo com um visual apelativo e a facilidade com que a capota se arruma na mala e se conduz de cabelos ao vento, numa vivência de emoções.