Parece que a estratégia está a resultar, já que está a diminuir o pedido de crédito habitação na sequência do aumento dos spreads máximos levada a cabo por oito bancos, desde a altura em que Portugal recorreu ao financiamento externo.
Estamos a falar de bancos como o BCP, Santander, Banif, BBVA, BPI, Banco Popular, Deutsche Bank e Caixa Galicia que decidiram aumentar a sua margem de lucro, de forma a terem uma maior garantia no caso de financiarem um empréstimo para a compra de casa, assim como afastar eventuais pedidos de crédito e assim conseguirem cumprir as medidas impostas pela troika, a qual exige um reforço nos rácios de capitais próprios.
Além dos motivos enumerados atrás também há o problema do financiamento dos bancos nos mercados internacionais, que os leva a reflectir os custos acrescidos nos clientes.
Ainda nesta temática dos spreads, recorde-se a noticia “BdP autoriza aumento de spreads” que fala na decisão do Banco de Portugal em definir regras que permite a alteração das condições contratuais tendo como base alguma “razão atendível” ou “variações de mercado”.
No seguimento destas regras o Governo pronunciou-se afirmando que essas alterações verificam-se se existirem razões concretas que terão sempre que fazer parte do contrato de crédito habitação.
A DECO já reagiu e pondera o recurso aos tribunais de forma a anular a cláusula que permite a alteração unilateral das condições de crédito.